Segunda Liga: Nulo castiga escassa qualidade atacante de Mafra e Benfica B

Para dois conjuntos situados na zona da despromoção, o medo de perder acabou por se sobrepor ao desejo de ganhar, nomeadamente por parte da jovem equipa das 'águias', que praticamente abdicou de atacar durante a segunda parte.

O Mafra registou o 14.º empate da temporada e manteve-se na 22.ª posição (35 pontos), enquanto o Benfica soma agora 37 pontos, mas ainda a viver o ‘fantasma’ da despromoção.

Nos primeiros 45 minutos, imperou a equipa anfitriã, que teve mais posse de bola, atacou com maior perigo e frequência e beneficiou de dois livres diretos em frente à baliza ‘encarnada’, os quais foram mal batidos e saíram por cima da barra.

Foi uma primeira parte aborrecida e quase desprovida de emoção. Sem oportunidades de golo flagrantes e com o vento a influenciar a trajetória da bola, o ‘nulo’ verificado ao intervalo castigou a inoperância ofensiva de ambos os conjuntos.

O Mafra ressurgiu mais perigoso e ofensivo na segunda parte, mas a ousadia atacante só durou os primeiros 15 minutos, período em que a turma anfitriã ainda criou duas situações de golo. Primeiro, aos 56 minutos, numa jogada de envolvimento atacante e que culminou com um bom remate do médio Vasco Varão para defesa apertada do guarda-redes benfiquista.

Depois, aos 66 minutos, o reentrado avançado brasileiro Jorginho escapou pelo lado direito do seu ataque e assistiu Abou Touré para o remate fatal, mas Hildeberto ainda conseguiu tocar a bola pela linha de fundo.

Os minutos foram correndo e o Mafra não conseguiu abrir o marcador, numa altura em que o Benfica B já estava conformado e aparentemente satisfeito com o empate.

O técnico mafrense, Jorge Paixão, mexeu na equipa para ganhar maior ousadia ofensiva através das entradas de Kaká, Jorginho e Adelaja, mas os resultados práticos foram nulos. Paixão enervou-se, protestou veementemente com o árbitro Duarte Oliveira e acabou por receber ordem de expulsão do banco aos 78 minutos.

O empate acabou por perdurar até ao final, castigando assim os dois conjuntos.