O treinador do Paços de Ferreira disse hoje querer devolver o orgulho aos adeptos, frente ao Vitória de Guimarães, repetindo que o jejum de vitórias pacense preocupa sem desesperar, antes da 26.ª jornada da I Liga de futebol.
Jorge Simão, que falava na conferência de antevisão ao jogo de domingo em Guimarães, considerou que o ciclo de oito jogos sem ganhar na I Liga “tem muito que se lhe diga” e admitiu erros próprios e de terceiros.
“Fizemos exibições muito convincentes, que não tiveram correspondência no resultado, por via de um ou outro erro nosso ou dos árbitros, o que também tem de ser dito e acaba por ser perfeitamente normal no decurso do campeonato”, disse Jorge Simão, assumindo que a equipa tem sido pouco consistente em termos defensivos.
Jorge Simão afirmou que o Paços tem sofrido golos sem que os adversários tenham dominado ou feito por os merecer, apesar do “jogo atrativo, sólido e positivo” praticado pela equipa e reconhecido, acrescentou, por outros.
“A verdade é que o ciclo vai em oito jogos sem ganhar. Preocupa-nos, mas não desespera, porque estamos conscientes do que fazemos e não altera nada, além de continuarmos a trabalhar no duro”, sublinhou, repetindo que, apesar de tudo, a "equipa não tem passado uma imagem pálida, de desunião ou falta de coesão tática”.
Insistindo no que chamou de “análise fria”, o técnico pacense reconheceu que há momentos em que a equipa poderia controlar melhor o jogo, sem sofrer golos, mas recusou a ideia de ansiedade, repetindo que, “por golos em fora do jogo ou autogolos”, o grupo tem sido 2demasiadamente penalizado nos resultados”.
Apesar de tudo, Simão propõe-se arranjar soluções e não abdica do objetivo dos 48 pontos, ao lembrar que "há nove jogos, 27 pontos em disputa, 16 para conquistar e todos continuarem a acreditar que é possível".
O próximo desafio é em Guimarães, no domingo, a casa de uma equipa frente à qual o Paços tem tido vantagem (cinco triunfos contra três dos minhotos em 16 jogos para o principal campeonato), mas Jorge Simão recusou maior conforto pelo histórico de resultados ou por jogar na condição de visitante.
“Continuo a acreditar que jogar junto dos que gostam de nós e torcem por nós é uma vantagem. Acho que temos uma missão neste jogo, que é devolver o orgulho aos nossos adeptos. Queremos voltar a sentir o apoio deles, é importante, porque ninguém fica indiferente a isso”, afirmou.
Recusou, no entanto, ter preparado o jogo de domingo “com base na reação dos adeptos”, a quem reconheceu legitimidade para contestar a fase menos boa da equipa, mas vincou que, “às ideias (próprias) de jogo”, juntou “o desejo de devolver o orgulho aos adeptos”.
Sobre o Vitória de Guimarães, o técnico falou de “uma boa equipa” e perspetivou dificuldades.
“Vamos defrontar uma boa equipa, que se reforçou bastante no mercado de janeiro e tem vindo a fazer um campeonato ascensional. Com oito vitórias consecutivas, já seria difícil, porque vamos defrontar uma equipa que tem, claramente, objetivos europeus a atingir e um estádio difícil”, concluiu.
O Paços de Ferreira, nono classificado, com 32 pontos, defronta o Vitória de Guimarães, sétimo, com 34, no Estádio D. Afonso Henriques, no domingo, às 18:15, num jogo entre candidatos a uma qualificação europeia e que terá arbitragem de João Capela, de Lisboa.
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