Jorge Simão afastou instabilidade no Paços de Ferreira

O treinador do Paços de Ferreira, que falava na conferência de antevisão ao encontro de domingo em Guimarães, da 26.ª jornada da I Liga, começou a ser visivelmente contestado pelos adeptos, que lhe exibiram lenços brancos após o empate caseiro diante do Marítimo (2-2), na última jornada do campeonato.

“Quem anda nesta profissão, independentemente da duração do seu contrato, tem sempre o lugar em risco, seja por resultados maus ou extremamente positivos, e, quem decide fazer carreira neste tipo de funções, tem de estar preparado para todo o tipo de situações”, disse Jorge Simão.

O técnico pacense lembrou que já completou um ano de I Liga e nesse período, que incluiu a estreia pelo Belenenses, na época passada, já passou por tudo.

“Já passei por um apuramento para a Liga Europa, por uma das melhores primeiras voltas de sempre do Paços e, neste momento, estamos a passar por esta fase de turbulência ao nível nos resultados. Tendo já este conjunto de experiências no curto espaço de um ano, estrou preparado para todos os cenários", acrescentou.

Desafiado a dizer se sente ter o lugar em risco, Simão disse sentir confiança própria e negou instabilidade.

“O que sinto é confiança no meu trabalho e das pessoas da direção no meu trabalho e no que tem sido desenvolvido pelos jogadores. Se me pergunta se sinto alguma instabilidade no grupo ou entre as pessoas com responsabilidade diretiva, digo já que não", sublinhou.

Em relação à contestação dos adeptos, Jorge Simão disse haver legitimidade no seu comportamento e respeitar a sua razão, prometendo encontrar soluções para reatar a ligação aos pacenses no meio de um ciclo a que, admitiu, ninguém fica indiferente.

“Mobilizar é uma das principais funções do treinador e é nisso que acredito convictamente. Há a preocupação de frisar que, à 25.ª jornada, o Paços tem 32 pontos. Conversámos, colocamos as coisas como elas são, tocámos os pontos essenciais e, daí, apelar à serenidade, à coragem e confiança no que temos vindo a fazer e na qualidade do que temos feito", concluiu.