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Ciclismo: Equipas nacionais querem acabar com 'jejum' na Volta ao Alentejo

A 34.ª edição da Volta ao Alentejo sai quarta-feira para a estrada com a incógnita de saber se o vencedor será outro novo talento ou sairá das equipas nacionais, há anos relegadas para lugares de honra.

Ciclismo: Equipas nacionais querem acabar com 'jejum' na Volta ao Alentejo
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Longe do ‘glamour’ mediático e desportivo de outros tempos, daqueles em que nomes consagrados do pelotão internacional como Miguel Indurain (1996), Melchor Mauri (1998) ou José Luís Rubiera (1999) se sagravam vencedores, a Volta ao Alentejo soube reinventar-se.

A prova transformar-se num viveiro de novos talentos (o mais proeminente será o vencedor de 2013, Jasper Stuyven, o belga da Trek, que ganhou uma etapa na Vuelta2015), sem esquecer o seu papel de momento de exibição das equipas nacionais.

Transformada numa volta para corredores regulares, ou não fosse a chegada a Montemor-o-Novo, na segunda etapa, o único final em ‘alto’ (uma contagem de montanha de quarta categoria), há muito que a ‘Alentejana’ deixou de ser território de ‘portugueses’, com o espanhol David Blanco, em 2010, a figurar como o último vencedor das formações lusas e Sérgio Ribeiro, há precisamente 10 anos, a ser o derradeiro ciclista nacional a subir ao lugar mais alto do pódio.

Sem estrelas sonantes do pelotão internacional e muito menos equipas do WorldTour, a prova, que vai estar na estrada entre 16 e 20 de março, num percurso de 907,8 quilómetros entre Portalegre e Évora, vai ser palco do primeiro frente-a-frente real numa corrida por etapas entre os regressados ‘grandes’, com a W52-FC Porto e o Sporting-Tavira a procurarem brilhar entre as 22 formações que farão alinhar 175 corredores.

Depois de uma presença discreta na Volta ao Algarve, ‘dragões’ e ‘leões’ deram nas vistas nos dois fins de semana de ciclismo que se seguiram, com Rafael Reis (W52-FC Porto) a impor-se na Clássica de Amarante e David de La Fuente, segundo na mesma prova, a mostrar-se o elemento mais irrequieto do Sporting-Tavira.

Sem alta montanha ou contrarrelógio no percurso, é de esperar que na discussão pela geral não estejam os líderes Gustavo Veloso, que regressou ao pelotão depois de cinco meses de ‘paragem’ como gregário de luxo dos companheiros ‘dragões’, e Rinaldo Nocentini, que caiu no Grande Prémio Liberty, mas sim os habituais trabalhadores, que no Alentejo têm uma oportunidade única para brilhar.

Pelo segundo ano consecutivo, a ‘Alentejana’ arranca de Portalegre, cidade que acolhe o início da primeira etapa, que cumprirá 158 quilómetros até Castelo de Vide, num percurso que inclui as contagens de montanha de Cabeço do Mouro (2.ª categoria), Monte Paleiros (3ª), Marvão (4ª) e, a menos de 20 quilómetros da meta final, Senhora da Penha (3ª).

No dia seguinte, o pelotão, composto pelas seis equipas continentais portuguesas, seis de clube e 10 estrangeiras, enfrenta a mais longa tirada da 34.ª edição, uma ligação de 206,2 quilómetros entre Monforte e o castelo de Montemor-o-Novo, com a meta a coincidir com a única contagem de montanha do dia.

Vincando a presença do Baixo Alentejo na prova, o terceiro dia de competição liga Portel a Beja ao longo de 186,6 quilómetros, sem qualquer contagem de montanha.

No sábado, a quarta etapa arranca de Aljustrel para embrenhar-se na vizinhança da Costa Vicentina, nos 1.847 quilómetros que levam o pelotão até Grândola, depois de cruzada a única dificuldade do dia, uma contagem de 4.ª categoria, em Santiago do Cacém.

Para o último dia, estão reservados 172,3 quilómetros entre Santiago do Cacém e Évora, que incluem duas montanhas de quarta categoria, em Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo.

Aconteça o que acontecer nas cinco etapas, há já uma certeza: a Volta ao Alentejo vai continuar a ser a única prova por etapas do calendário da União Ciclista Internacional (UCI) que nunca foi ganha duas vezes pelo mesmo corredor, uma vez que não há qualquer antigo vencedor entre os inscritos para a 34.ª edição.

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