O futebolista João Vieira Pinto prestou hoje declarações na Polícia Judiciária de Coimbra, no âmbito do processo judicial que envolve o ex-empresário José Veiga, acusado de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Segundo fonte da PJ de Coimbra, o jogador foi ouvido durante cerca de três horas por investigadores da Direcção Central de Combate ao Crime Económico e saiu das instalações da corporação por volta das 14:00.
A contratação de João Pinto pelo Sporting em 2000 está envolvida em polémica, desde que, em Novembro do ano passado, José Veiga foi ouvido no Tribunal de Instrução Criminal (TIC), saindo então como arguido e sujeito a uma caução de 500.000 euros, apreensão de passaporte e com termo de identidade e residência.
Em causa está o alegado desaparecimento de 3,292 milhões de euros, que o Sporting diz ter remetido à empresa de direito inglesa Goodstone, a mando de José Veiga, que após ser ouvido no TIC acusou alguns dirigentes ''leoninos'' de mentirem.
Já em Dezembro, o Sporting confirmou ter feito um aditamento ao contrato de João Pinto, a título de prémio de assinatura, mas que este ficou sem efeito com a entrada da Goodstone e que seria esta a emitir a factura do negócio.
O Sporting explicou que, face a esta situação, não registou o aditamento do contrato e o advogado dos ''leões'' Rui Patrício questionou o porquê de só agora se invocarem documentos que já se conheciam e não correspondiam ao negócio que terá vigorado e foi executado.
Rui Patrício chegou a questionar se João Pinto terá ou não dito a verdade nas primeiras declarações que prestou sobre o processo judicial.
LUSA