Treinado por Johan Cruyff no Barcelona da década de 90, Pep Guardiola tem sido um dos maiores percursores da 'escola' do holandês, que ontem perdeu definitivamente a luta contra um cancro. O técnico do Bayern admite que, quando tudo corre mal, pensa sempre no que faria o seu «professor».
«Com a morte de Cruyff perdemos uma figura que já não poderemos ver quando precisamos, que não temos próximo quando estamos em momentos de dúvida. Em vez disso, resta-nos a sorte de termos desfrutado com ele, pois deixou-nos muitas coisas a todos, cada um ao seu nível», começou por notar Guardiola, que pensa sempre em Cruyff quando mais precisa.
«Penso muito em Cruyff, ainda no jogo com a Juventus [nos oitavos de final da Champions]. Penso no que poderia ele fazer em situações complicadas e isso reconforta-me», acrescentou, em declarações à RAC1.
De resto, Pep Guardiola, que foi treinado por Johan Cruyff durante os anos 90, numa das melhores equipas da História do Barcelona, da qual fez também parte Luís Figo, parece transmitir uma estima inabalável pelo holandês, falecido aos 68 anos, após perder a luta contra um cancro no pulmão.
«Quinta-feira falava com os meus filhos, que não conheceram Cruyff, para explicar-lhes o que era e só me ocorreu a ideia de um professor de qualquer matéria que gostamos, um maestro pelo qual esperas para poder ir à sua aula. Dizia-nos tudo ao contrário do que tinhas ouvido. Por exemplo, sempre ouvi que perdia porque não corria e ele dizia que tinha perdido porque tinha corrido demasiado», rematou.