Carlos Queiroz reitera falta de apoio e de condições para trabalhar no Irão

“Uma vez mais, a minha posição é clara. A hora das promessas chegou ao fim e perante o cenário atual de falta de empenho e apoio financeiro a minha resignação é inevitável”, escreveu Carlos Queiroz na sua página de Facebook.

Em causa, segundo Carlos Queiroz, tal como apresentou na sua carta de demissão, está “a falta de apoio e condições para a preparação da seleção iraniana, de forma coerente e ambiciosa”, para o Mundial2018, a realizar na Rússia.

Na reunião de hoje com os dirigentes iranianos, o treinador português enumerou e explicou todas as razões e questões cruciais relacionadas com a decisão de se demitir do cargo, no qual ainda se mantém até final do presente mês de abril.

Carlos Queiroz referiu que nos últimos cinco anos tem debatido com os dirigentes do Irão os mesmos problemas de sempre e elaborou um documento em que realça as questões que considera fundamentais na elaboração do plano de preparação para o Mundial2018.

O respeito por todos os compromissos financeiros assumidos previamente com os jogadores e equipa técnica, bem como condições de trabalho, ao nível de locais de treino, estágios e jogos de preparação, são algumas das questões abordadas.

O treinador português destacou ainda a necessidade de se realizar um orçamento para a seleção, melhorar aspetos relacionados com viagens e alojamentos, bem como providenciar todos os recursos humanos necessários, ao nível médico, técnico e administrativo, a um bom apoio à equipa.

Queiroz apontou ainda a necessidade de a federação do Irão conjugar o calendário competitivo com a preparação da seleção, bem como a colaboração com as entidades militares no sentido de libertar os jogadores.

“É chegada a altura de implementar soluções, porque só assim é que se consegue restabelecer a confiança e a esperança”, considerou ainda Queiroz, que defende ainda a elaboração de um programa ambicioso, ao pormenor, para o Mundial2018.