A FIFA deverá pressionar os países que acolhem as suas competições a respeitarem os direitos do Homem e incluir essa matéria nos critérios de atribuição de torneios futuros, indica um relatório hoje divulgado.
O documento foi elaborado por John Ruggie, especialista na matéria, mandatado pela FIFA para estudar o assunto que tem sido alvo de polémica depois de a Amnistia Internacional ter denunciado exploração laboral dos imigrantes trabalham nos preparativos do Mundial2022, no Qatar.
Segundo Ruggie, a prioridade a curto prazo é respeitar os direitos humanos nos torneios já atribuídos, “pressionando de todas as formas” os países organizadores a cumprirem os compromissos assumidos com a FIFA nessa matéria.
Por outro lado, o especialista considera que a FIFA “deve incluir com clareza os critérios relativos ao respeito pelos direitos do Homem” nas condições de atribuição de competições futuras, um processo que foi interrompido devido ao escândalo que tem assolado o organismo máximo do futebol mundial.
“A FIFA não é responsável pelas violações dos direitos humanos nos países que acolhem as suas competições. Mas não deve nunca encobrir tais factos”, refere o documento.
Em comunicado, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, garantiu que o organismo “está totalmente empenhado em respeitar os direitos humanos”.