O presidente do conselho directivo do Sporting, Filipe Soares Franco, revelou hoje que o clube ''já foi notificado para ser de novo ouvido sobre o caso João Pinto''.
O dirigente ''leonino'' não indicou quem será ouvido no clube, referindo tratar-se de ''um problema do Sporting e da Polícia Judiciária'', depois de questionado sobre o caso da transferência, em 2000, do jogador do Benfica para o Sporting.
As declarações do também presidente da SAD ''leonina'' foram proferidas por ocasião da conclusão dos trabalhos de implantação do novo relvado do estádio José Alvalade XXI, numa cerimónia que abrangeu ainda a entrega de medalhas aos sócios do clube com mais de 25 anos de filiação.
O caso João Pinto remonta ao ano de 2000, quando, após rescindir contrato com o Benfica, o jogador, que milita presentemente no Sporting de Braga, assinou pelo Sporting, clube no qual actuou quatro temporadas (de 2000/2001 a 2003/2004).
Em declarações prestadas no início do corrente mês à PJ, João Pinto reconheceu ter sido ele a ficar com 3,292 milhões de euros relativos à sua contratação pelo Sporting em 2000, tendo sido constituído arguido por fraude fiscal.
Em causa está o desaparecimento daquela verba, que o Sporting diz ter remetido à empresa inglesa Goodstone, a mando do dirigente da SAD Benfica José Veiga, que, após ser ouvido no TIC, acusou alguns dirigentes ''leoninos'' de mentirem.
Em virtude deste expediente, um magistrado do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa impôs ao ex-director-geral da SAD do Benfica medidas de coacção (caução no montante de meio milhão de euros e apreensão do passaporte), na qualidade de co-arguido por evasão e fraude fiscal no caso da transferência para o Sporting do futebolista João Pinto.
José Veiga, entretanto, já anunciou que tenciona pedir uma indemnização ao Estado caso se confirme que as declarações de João Pinto o ilibam de ter ficado com dinheiro da transferência do futebolista para o Sporting.
LUSA