A Associação das Ligas Europeias Profissionais de Futebol (EPFL) recusou hoje, em Madrid, a criação de uma Superliga europeia, defendendo a manutenção dos méritos desportivos como critério de participação nas provas internacionais.
“A EPFL é fortemente contra a criação de uma Superliga Europeia e qualquer formato de competição que poderia destruir o sonho básico e objetivo de qualquer das nossas centenas de clubes competir ao mais alto nível e, possivelmente, ganhar uma competição europeia. Devemos manter o sonho vivo para todos os clubes”, justificou o presidente.
Lars-Christer Olsson defende o sistema atual, baseado em méritos desportivos, através dos quais os melhores clubes a nível nacional se qualificam para competições europeias de clubes organizada pela UEFA.
Mais do que criar uma Superliga europeia, o dirigente sueco sublinhou que a preocupação da EPFL e dos vários agentes do futebol deve ser a de “concentrar os seus esforços para garantir uma melhor redistribuição da riqueza entre todos os clubes e criar um maior equilíbrio competitivo no futebol europeu”.
“A EPFL está pronta para desempenhar um papel ativo em qualquer discussão com a família do futebol a esse respeito”, reforçou o recém-eleito Lars-Christer Olsson.
O associação entende que a atual turbulência na governação do futebol internacional representa uma “oportunidade única” para o futebol restaurar a sua credibilidade e criar o equilíbrio adequado entre todas as principais partes interessadas.
Dentro deste contexto, as ligas reforçam a sua “vontade para colaborar e compartilhar sua experiência e conhecimento” com a nova presidência da FIFA, liderada por Gianni Ifantino, e a futura da UEFA em todos os assuntos relacionados ao futebol profissional.
As ligas reiteram ainda o seu pedido para serem plenamente envolvidas em qualquer processo de tomada de decisões que afetam as competições nacionais e os seus calendários.