Crónica: ‘Cinco minutos à Benfica’ devolvem liderança em jogo sofrido

Bastaram cinco minutos aos comandados de Rui Vitória para operar a reviravolta - golos de Jonas e Jardel, aos 19 e 24 minutos, respetivamente -, depois de André Claro ter inaugurado o marcador, aos 15 segundos.

O Benfica repetiu assim o resultado obtido diante da Académica na última jornada, em Coimbra, o qual se viu a perder aos 17 minutos. Os três pontos, hoje, apenas foram garantidos no último minuto de jogo, quando Ederson se antecipou a Arnold, depois de um atraso deficiente de Pizzi.

Este triunfo aumenta para oito a série de vitórias consecutivas do Benfica, que soma agora 76 pontos, depois de ter sido ultrapassado, à condição, pelo Sporting (74), que, no sábado, tinha vencido o Moreirense, por 1-0. Ao invés, os sadinos elevaram para 11 o número de jogos sem vencer (sete derrotas e quatro empates).

Com a saída de bola a pertencer ao Vitória de Setúbal e perante a passividade de Eliseu, Gorupec cruzou e serviu André Claro, para o 1-0. O mesmo jogador, aos 15 minutos, esteve perto de bisar, mas cabeceou ao lado, depois de Pizzi ter perdido a bola para Ruca e este ter cruzado para o segundo poste.

A igualdade surgiu aos 19 minutos, por intermédio de Jonas, depois de seis ocasiões de golo, quatro delas negadas pelo guarda-redes Ricardo a Gaitán, Jardel, Mitroglou e Jonas. Com o pé direito, o melhor goleador da Europa, que iguala Cristiano Ronaldo, aumentou para 31 os golos da conta pessoal na I Liga, depois de um ligeiro desvio de Gaitán na sequência de um cruzamento de Eliseu.

Um golo que acendeu o rastilho da manobra atacante do Benfica, que voltou a contar com Gaitán, Mitroglou e Jonas - não defrontaram o Bayern de Munique (2-2) no jogo da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões - e 'dizimou' a marcação à zona montada na defesa sadina, com três centrais (William Alves, Frederico Venâncio e Tiago Valente).

Aos 24 minutos, Jardel, de cabeça, confirmou a reviravolta (2-1), depois de um canto cobrado por Gaitán. Em cima do intervalo, Frederico Venâncio 'roubou' o golo a Pizzi, que fez o 'chapéu' ao guarda-redes Ricardo, após passe de Fejsa, mas o central vitoriano, quase em cima da linha, cortou de cabeça.

Perante este caudal ofensivo dificilmente se faria prever uma segunda parte com maior ascendente da equipa do Bonfim. Ao intervalo, o treinador Quim Machado corrigiu os erros na fase de construção, o que se traduziu não só no aumento da posse de bola, como na melhoria da manobra atacante, sobretudo aproveitando lances para as costas da defesa do Benfica. Arnold e André Claro, respetivamente aos 54 e 60 minutos, estiveram muito perto de fazer o 2-2.

A saída de Gaitán, aos 62 minutos, e a entrada de Carcela, coincidiu com a baixa de rendimento dos 'encarnados', que apenas iam criando perigo através de lances de bola parada.

Um erro de Pizzi, aos 90+2, que, na zona de meio-campo, sobre o lado esquerdo, atrasou a bola para o setor defensivo - não estava lá ninguém -, permitiu a Arnold surgir isolado na cara de Ederson, mas o guardião do Benfica, de carrinho, fechou o caminho da baliza e garantiu o primeiro lugar do campeonato aos bicampeões nacionais.