O patrão da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, considera que as mulheres «não seriam capazes fisicamente de conduzir um Fórmula 1 rápido», dizendo que não as levaria a sério neste desporto.
De acordo com declarações recolhidas pela BBC, Ecclestone foi polémico em várias direções, quando participava na terça-feira numa conferência em Londres.
O britânico, de 85 anos, comentou também que o presidente russo, Vladimir Putin, “deveria dirigir a Europa” e ainda deu o seu apoio a Donald Trump, pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos.
De acordo com a BBC, Ecclestone disse também que os emigrantes não deram nenhuma contribuição à Grã-Bretanha, apesar de Lewis Hamilton, que bem conhece, três vezes campeão mundial, ser neto de emigrantes provenientes da ilha caribenha de Granada.
O responsável da Fórmula 1 não é um ‘novato’ em polémicas e em 2009 chegou a dizer que “Adolf Hitler era um homem que resolvia as coisas”.
As declarações em relações às mulheres na Fórmula 1 já mereceram comentários e a piloto inglesa Pippa Man escreveu no twitter: “Suspiro. Lá vamos nós outra vez”, acrescentando que alguém deveria dizer a Ecclestone que um Indycar não tem direção assistida.
A escocesa Susie Wolff, que chegou a piloto de testes da Fórmula 1, também repudiou as declarações do britânico, dizendo que as mulheres têm menos 30 por cento de músculo, mas que não existe nenhuma razão para que não possam pilotar um Fórmula 1.
Ainda segundo a BBC, o patrão da Fórmula 1 defendeu, no entanto, a existência de mais mulheres em cargos de responsabilidade na modalidade, por considerar “que são mais competentes” e “não têm egos enormes”.