O Atlético, equipa sensação da Taça de Portugal em futebol, vai receber a Académica nos oitavos-de-final da prova, e assume o desejo de chegar pela terceira vez à final do Estádio do Jamor.
De acordo com Almeida Antunes, presidente-adjunto do clube da Tapadinha, o sorteio foi ''simpático'' para a equipa, pelo que esta vai lutar por uma terceira presença no Estádio Nacional, depois de na época 1945/46 ter perdido com o Sporting (4-2) e três anos depois frente ao Benfica (2-1).
''Já estivemos duas vezes no Jamor e desejamos que esta possa ser a terceira. Vamos ver como corre. Trata-se um jogo na Tapadinha com duas equipas que jogam e deixam jogar. Pelas minhas contas o Atlético tem 49,5 por cento e a Académica 50,5 por cento de possibilidades'', referiu o responsável.
O presidente-adjunto do Atlético (II), que afastou da prova o campeão português detentor do troféu, FC Porto, apelou ainda para que os adeptos encham o estádio da Tapadinha, já que vão poder assistir a um jogo entre ''dois clubes históricos e viver tempos um pouco remotos''.
O Pinhalnovense (II), que domingo venceu o Camacha, vai receber o Sporting, com o relações públicas do clube, António Simões, a admitir que o campo sintético poderá ser um trunfo frente aos ''leões''.
''O facto de jogarmos num piso sintético poderá ser um dos nossos trunfos'', reconheceu António Simões, que espera igualmente que a sua equipa esteja ''num dia bom'' e que o adversário ''seja menos feliz''.
António Simões adiantou ainda que, depois de há dois anos ter atingido os oitavos-de-final, espera agora seguir mais longe na prova, revelando, no entanto, que teoricamente seria mais fácil ''sem desprimor para as equipas'' enfrentar o Varzim ou o Bragança.
Já para o Sporting, e de acordo com o secretário técnico Eurico Gomes, o campo sintético do Pinhalnovense não é um piso a que os ''leões'' estejam habituados a jogar, a última vez foi com o Spartak de Moscovo para a Liga dos Campeões, mas será ''mais um obstáculo que se pode ultrapassar''.
O único encontro entre dois primodivisionários é protagonizado por Boavista e Nacional, com o director do clube ''axadrezado'', António Barbosa, esperançado que a equipa de Jaime Pacheco consiga fazer mais do que o que tem feito no Campeonato, onde se encontra na 11ª posição, longe da zona europeia.
''Atendendo à carreira decepcionante, já para não dizer muito, na Liga, estamos esperançados que Jaime Pacheco consiga motivar os jogadores para irmos mais longe nesta eliminatória'', adiantou o responsável.
António Barbosa mantém a esperança que na segunda volta do campeonato o Boavista consiga melhores resultados do que na primeira, afirmando que a Taça de Portugal é agora uma das únicas formas do clube conseguir alcançar a presença nas competições europeias.
Rui Sardinha, director-geral do Nacional, considera que estão reunidas as condições para fazer um bom jogo, apesar de dar favoritismo ao Boavista já que joga em casa.
Quanto à deslocação do Benfica ao terreno do Varzim, o único representante da Liga de Honra, Lourenço Coelho assinalou que se trata de uma altura em que o clube ''encarnado'' tem pela frente 10 dias em que pode decidir duas competições, já que a 14 de Fevereiro disputa a Taça UEFA.
''O campo do Varzim é tradicionalmente difícil, pelo que o jogo não vai ser fácil'', afirmou Lourenço Coelho, adiantando que os jogadores com ''concentração e disponibilidade'' tudo vão fazer para seguir em frente na Taça.
Lourenço Coelho reiterou que o Benfica, em dois dias, poderá resolver duas competições: a Taça de Portugal e Taça UEFA, onde defrontar os russos do Dínamo de Bucareste.
LUSA