O antigo bicampeão europeu José Augusto considera que Rui Vitória foi o primeiro grande responsável pelo título de futebol conquistado no domingo pelo Benfica e exaltou união de jogadores em torno do técnico.
“O Benfica não entrou bem no campeonato e isso deve-se não há programação, mas a uma digressão que o Benfica fez, ao México, aos Estados Unidos. Tirou vigor àquilo que era a equipa do Benfica”, começou por dizer o antigo médio direito.
José Augusto, várias vezes campeão pelo Benfica e que teve a coroa de glória nos ‘encarnados’ nos títulos europeus de 1960/61 e 1961/62, defendeu que foi a longa viagem de pré-época que marcou o arranque difícil das ‘águias’.
“Penso que isso teve alguma influência, os dias, semanas, os meses foram passando e a equipa foi-se adaptando à conceção do novo técnico, o Rui Vitória”, explicou o ex-jogador, que no domingo assistiu ao triunfo que deu o 35.º título às ‘águias’ (4-1 ao Nacional).
O antigo jogador e também treinador lembrou ainda os oito pontos de atraso para o Sporting e como o emblema da Luz recuperou e não perdeu mais a liderança, após vencer os ‘leões’ a 05 de março (1-0), no Estádio de Alvalade.
“Tivemos um campeonato à altura dos dois rivais. O Sporting também fez um excelente campeonato, apesar de todas as atribulações de ‘dizes tu e não respondo eu’”, argumentou José Augusto, em alusão às trocas de palavras entre os técnicos dos dois clubes.
A antiga glória dos ‘encarnados’ enalteceu ainda a competitividade da edição 2015/16 da I Liga e diz que foi Jorge Jesus, técnico do Benfica de 2009 a 2015 e agora do Sporting, que obrigou o emblema da Luz a marcar uma posição.
“Foi um campeonato que já não se disputava (assim) há uma quantidade de anos, uma coisa tão brilhante. Tenho que atribuir brilhantismo ao Sporting, pelo que fez, muito mais o Jesus, que nos obrigou a cerrar fileiras e a marcar posição”, concluiu.
O ex-futebolista que destacou a equipa como um todo, não quis deixar de lembrar o argentino Gaitán, que disse ter tido períodos com a “equipa às costas”, mas que foi o global e Rui Vitória os grandes obreiros do ‘tri’.
A finalizar, José Augusto lembrou que o Sporting não ganhou nada (exceção à Supertaça) e disse também que as ‘bocas’ de Jorge Jesus fizeram com que o plantel do Benfica se unisse à volta do seu treinador.
“Isso foi o melhor que poderia ter acontecido à equipa do Benfica”, concluiu.