LE: Sevilha e Liverpool correm atrás da história... e de um lugar europeu

A segunda prova europeia de clubes, que continua a viver na sombra da Liga dos Campeões, pode valer um lugar europeu na próxima época às duas equipas, que falharam a qualificação via respetivos campeonatos, apesar de o Sevilha ainda o poder conquistar se vencer o FC Barcelona na final da Taça do Rei.

Além de um título histórico, a vitória no jogo de quarta-feira, no estádio St. Jakob-Park, na cidade suíça de Basileia, vale também a qualificação para a próxima edição da Liga dos Campeões, algo que nem o sétimo classificado da Liga espanhola, nem o oitavo posicionado da inglesa desdenharão.

O Sevilha parece uma equipa talhada para a prova continental, como bem saberá o Benfica, derrotado na final de 2014 no desempate por grandes penalidades (4-2) pela equipa andaluz, que revalidou o título na temporada passada, ao bater o Dnipro no jogo decisivo, por 3-2.

Campeão em 2006 e 2007, o Sevilha precisou de menos de uma década para se assumir como o recordista da competição, com quatro títulos, mais um do que o Liverpool, que conquistou os três troféus ainda antes de o Sevilha erguer o primeiro, em 1973, 1976 e 2001, ainda sob a designação de Taça UEFA.

Os espanhóis já reescreveram a história, ao qualificarem-se pela terceira vez seguida para a final, mas, caso se tornem também o primeiro tricampeão da prova, conseguem um feito que nenhuma equipa europeia alcança desde 1976, ano em que o Bayern Munique conquistou o ‘tri’ na Taça dos Campeões Europeus.

As duas equipas vão defrontar-se pela primeira vez nas competições continentais e, pela primeira vez, uma delas vai perder a final da Taça UEFA/Liga Europa, ainda que o Sevilha só tenha vencido duas das quatro que disputou no desempate por grandes penalidades, uma das quais frente ao Benfica.

O defesa português Daniel Carriço também pode aumentar o recorde de 53 jogos na prova, depois de ter sido titular nas duas últimas finais, enquanto Beto, ‘herói’ do desempate por grandes penalidades em 2014, e Diogo Figueiras não deverão ser primeiras escolhas do treinador Unai Emery.

O Liverpool, treinado pelo alemão Jürgen Klopp, no qual alinha o português João Carlos Teixeira, perdeu apenas um dos 14 jogos que disputou esta época, na primeira mão das meias-finais, com o Villarreal (1-0), enquanto o Sevilha, oriundo da ‘Champions’, saiu derrotado em dois dos oito encontros realizados.

A equipa inglesa vai procurar evitar o ‘pleno’ espanhol, já que a Liga dos Campeões será discutida entre os rivais de Madrid – Real e Atlético -, numa edição em que o Sporting de Braga foi o melhor representante português, tendo sido eliminado nos quartos de final pelo Shakhtar Donetsk.

O Belenenses ficou pela fase de grupos, no último lugar da ‘poule’ vencida pelo Basileia, anfitrião da final, enquanto o Sporting e o FC Porto, relegado da Liga das Campeões, foram afastados nos oitavos de final, pelos alemães do Bayer Leverkusen e do Borussia Dortmund, respetivamente.