Michel Platini, atualmente a cumprir suspensão de quatro anos de toda a atividade do futebol, quer “renunciar formalmente” ao cargo de presidente da UEFA no congresso eleitoral da organização, a 14 de setembro, que nomeará o seu sucessor.
Foi o próprio Platini, que deixou o cargo a 09 de maio último, depois de o seu recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter sido rejeitado, a assumir essa vontade.
O antigo capitão da seleção francesa tinha sido, inicialmente, suspenso por oito anos por alegado conflito de interesses por causa de um pagamento de cerca de dois milhões de francos suíços autorizado pelo então presidente da FIFA, Joseph Blatter.
Este anúncio surge na sequência de declarações do diretor jurídico da UEFA, Alasdair Bell, que tinha afirmado que Platini não se demitiu do cargo como anunciado a 09 de maio e que se mantém líder até às eleições de setembro.
"Até ao momento, Michel Platini não se demitiu. Ele é presidente da UEFA até que seja eleito um novo dirigente. Platini está suspenso, não se demitiu", garantiu Bell, à margem de uma sessão extraordinária do Comité Executivo da UEFA, em Basileia, Suíça.
Durante o Euro2016, em França, é o espanhol Ángel Maria Villar, vice-presidente da UEFA, promovido a líder interino, que assume as funções protocolares da instituição.
Michel Platini anunciou em comunicado, a 09 de maio, a sua demissão do cargo, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto ter reduzido a sua suspensão de seis para quatro anos. O ex-jogador francês afirmou na altura: "Demito-me das minhas funções de presidente da UEFA, a fim de provar a minha inocência."