O Benfica encerrou hoje uma época memorável com uma goleada das ‘antigas’ face ao Marítimo, batido por 6-2 na final da Taça da Liga, num Estádio Cidade de Coimbra em festa ‘encarnada’ do início ao fim.
Cinco dias após arrebatar o 35.º campeonato, o conjunto de Rui Vitória não teve pela frente um adversário fácil, mas Ederson brilhou na baliza ‘encarnada’, e, no ataque, os tricampeões foram muito eficazes, ao contrário dos insulares.
Jonas, aos 11 minutos, Mitroglou, aos 18 e 38, Gaitán, aos 77, Jardel, aos 90+1, e Raúl Jiménez, aos 90+3, de grande penalidade, ‘escreveram’ o sétimo triunfo do Benfica em nove edições da prova e o terceiro consecutivo, como no campeonato.
A formação ‘encarnada’ repetiu 2009, 2010, 2011, 2012, 2014 e 2015, enquanto o Marítimo sofreu a segunda derrota seguida, depois do 2-1 da época passada, pagando o excesso de entusiasmo ofensivo e os falhanços com uma goleada que não merecia.
Em relação ao aguardado, cada equipa apresentou três novidades, o Benfica Luisão, Grimaldo e Samaris, em vez de Lindelöf, Eliseu e Fejsa, e o Marítimo Haghighi, Briguel e Dyego Sousa, nos lugares de Salin, Alex Soares e Djoussé.
Assim, os ‘encarnados’ começaram com André Almeida, Luisão, Jardel e Grimaldo, à frente de Ederson, dois médios centrais (Samaris e Renato Sanches) e dois extremos (Pizzi e Gaitán) e, à frente, Jonas nas costas de Mitroglou.
Por seu lado, os insulares arrancaram com Haghighi na baliza, uma defesa com Briguel, Dirceu, Maurício e Patrick, um meio campo com Plessis, mais recuado, Fransérgio e Éber Bessa, e um trio na frente, com João Diogo à direita, Edgar Costa na esquerda e Dyego Sousa ao meio.
A formação de Nelo Vingada entrou a todo o ‘vapor’, fez o primeiro remate aos 15 segundos e aos três minutos já tinha criado duas ‘enormes’ oportunidades, com Ederson a negar autenticamente o golo a Edgar Costa e Fransérgio.
Os adeptos do Benfica, em esmagadora maioria nas bancadas, assustaram-se, mas a equipa assentou e, na primeira ocasião, marcou, aos 11 minutos: Grimaldo furou na esquerda e serviu Mitroglou, este rematou enrolado e Jonas marcou na sobra.
O Marítimo tento ripostar, mas, sete minutos volvidos, os ‘encarnados’ voltaram a faturar, agora numa jogada pela direita, com Jonas a desmarcar Pizzi e este a levar a bola até ao limite e a atrasá-la para Mitroglou encostar.
Mesmo a perder por dois, os insulares, com Djoussé no lugar do lesionado Edgar Costa desde os 23 minutos, não desistiram e Ederson teve de voltar a aplicar-se a fundo, aos 25 e 34, mas o balanceamento ofensivo ia dando muito espaço ao Benfica para criar perigo em contra-ataque.
Depois de grande arrancada, Renato Sanches decidiu mal, aos 34 minutos, mas, aos 38, tudo saiu na perfeição: Grimaldo isolou Gaitán na esquerda e o argentino parou, levantou a cabeça e tocou no momento certo para Mitroglou ‘fuzilar’.
O Marítimo continuou, ainda assim, à procura do seu golo e este surgiu já nos descontos, aos 45+2 minutos, com Éber Bessa, perante a saída de Ederson, a desmarcar João Diogo de cabeça e este a atirar da mesma forma para a baliza deserta.
Na última jogada da primeira parte, os adeptos do Benfica ainda voltaram a gritar golo, mas foi falso alarme, já que o remate de Gaitán falhou o alvo, por muito pouco.
O Marítimo veio para a segunda parte com pressa em reentrar na discussão do encontro, perante um Benfica muito mais interessado em jogar devagar, em ter a bola e trocá-la, de forma a não passar por mais sobressaltos.
Os insulares foram, no entanto, conseguindo assustar, com Fransérgio a rematar contra um defesa, aos 51 minutos, Dyego Sousa a cabecear à barra, aos 53, e Djoussé, aos 54, e Éber Bessa, aos 64, também a tentarem a sua sorte.
Com a equipa ‘desaparecida’ em termos ofensivos, Rui Vitória lançou Talisca, aos 64 minutos, para o lugar de Mitroglou, ao mesmo tempo que Alex Soares substituiu Briguel, e a entrada do brasileiro fez-se sentir.
Aos 70 minutos, a primeira ação do baiano acabou num remate de Renato Sanches detido por Haghigi e, aos 77, com nova ameaça de Djoussé pelo meio, a segunda terminou em golo: Talisca isolou Jonas, que, perante Haghighi, cedeu a Gaitán.
Gaitán, quiçá em jogo de despedida, certa para Renato Sanches, vendido ao Bayern, saiu pouco depois, debaixo de enorme ovação, mas o jogo ainda não terminara e o Marítimo chegou ao segundo golo, aos 83 minutos, num penálti apontado por Fransérgio, após falta de Samaris sobre Alex Soares.
Os insulares voltavam a colocar-se a dois golos, mas, num ápice, nos descontos, o Benfica chegou à goleada, com Jardel a marcar de cabeça, aos 90+1 minutos, após livre de Pizzi, e Raúl Jiménez a fechar a contagem de penálti, aos 90+3, depois de sofrer falta do desatento Haghighi.
A festa 'arrebentou' após o tento do mexicano e prolongou-se até Luisão levantar pela sétima vez a Taça da Liga. Os adeptos 'encarnados' acabaram a pedir o '36'.