O Paços de Ferreira, imbatível no seu terreno, derrotou hoje o Sporting de Braga, por 3-2, e ficou mais próximo dos lugares europeus, à passagem da 16ª jornada da Liga portuguesa de futebol.
Há um ano imbatível no Estádio da Mata Real, o Paços fez jus às estatísticas, apesar de a equipa visitante ter vendido cara a derrota. A perder por 3-0, os bracarenses reduziram para 3-2 e estiveram perto do empate por diversas vezes, mas não evitaram a derrota nem o quarto jogo sem ganhar.
O primeiro lance de perigo pertenceu aos ''arsenalistas'', com Cesinha a cruzar para remate de Zé Carlos, logo aos cinco minutos. As equipas repartiam entre elas a iniciativa de ataque e os jogadores corriam para não congelar, tal era o frio que se fazia sentir em Paços de Ferreira.
Entre os ''castores'' notava-se a falta de um organizador de jogo, pelo que a equipa apostava mais nos alas Cristiano e Edson, mas o primeiro golo haveria de surgir pelo meio do terreno de jogo.
à noite fria, Elias respondeu com um ''foguete'', quando decorria o minuto 18, aproveitando um ressalto de bola no meio-campo adversário, para disparar com o pé esquerdo, sem hipóteses de defesa para o guarda-redes Paulo Santos, que, logo a seguir, fez defesa apertada na resposta a um livre de Antunes.
à passagem da meia-hora, o Paços teve duas ocasiões soberanas para dilatar a vantagem. Primeiro, Antunes, novamente de livre directo, proporcionou ainda melhor defesa a Paulo Santos, que desviou para canto, na sequência do qual Luiz Carlos rematou ao poste.
Depois de Paulo Santos, Peçanha também aqueceu as luvas. O guardião pacense salvou a equipa do empate mesmo no final da primeira parte, com intervenções preciosas em dois pontapés de canto.
Na segunda parte, o Braga regressou dos balneários com a atitude com que deixou o relvado ao intervalo, mas foi só fogo de vista e a partida logo esfriou outra vez.
Até que João Paulo, aos 53 minutos, fez o 2-0 para o Paços, na recarga a um remate de Pedrinha a rematar, depois de defesa incompleta de Paulo Santos. Foi o melhor regresso possível aos relvados de João Paulo, depois de paragem prolongada devido a lesão.
Sem dar tempo para o Braga respirar, os ''pacenses'' aumentaram a vantagem cinco minutos depois, num livre superiormente batido por Antunes.
Os bracarenses não baixaram os braços e foram atrás do empate.
Wender fez o 3-1, a 11 minutos do fim, na transformação de uma grande penalidade a castigar falta de Antunes sobre Luís Filipe. Peçanha ainda tocou na bola, mas não conseguiu segurar o remate do brasileiro.
Após este golo, foi clara a quebra de ritmo da equipa da casa, que consentiu o segundo tento à equipa de Rogério Gonçalves, aos 87 minutos, num, livre directo de Andrade.
Os bracarenses pressionaram até final e os ''castores'' começavam a perder o controlo. Pedrinha foi expulso, já nos descontos, por falta dura sobre Andrade, e Peçanha voltou a ser fundamental, com duas grandes defesas mesmo no cair do pano.
A equipa da Capital do Móvel sobe provisoriamente ao sexto lugar da tabela a um ponto dos bracarenses. O Braga tudo fez para tentar dar a volta ao texto, mas acabou vergado por um Paços que não perde no seu reduto para o campeonato há 365 dias.
LUSA