O francês Michel Platini, individualmente, e a Alemanha, em termos coletivos, lideram isolados os ‘rankings’ de golos da história do campeonato da Europa de futebol, após 14 edições.
O ‘10’ gaulês ‘manda’ desde 1984, ano em que conduziu a França ao seu primeiro título, com um total de nove tentos, um recorde num só Europeu e igualmente no conjunto de todos, dois à frente do inglês Alan Shearer.
No que respeita ao coletivo, a Alemanha voltou a isolar-se na liderança na última edição, realizada em 2012, ao adicionar 10 tentos aos 55 que ostentava, perfazendo 65, mais oito do que a Holanda, que só marcou dois na Polónia e Ucrânia.
Individualmente, Platini, que nem era um grande goleador, mas mais um estratega, um ‘10’, é a grande referência em matéria de golos, tendo-lhe bastado uma edição, na qual conseguiu nove tentos, em apenas seis jogos.
Em 1984, o então jogador da Juventus começou com o golo da vitória face à Dinamarca (1-0), para, no segundo jogo, conseguir um ‘hat-trick’ face à Bélgica (5-0), igualando desde logo os alemães Gerd Müller e Dieter Müller e o jugoslavo Dragan Dzajic na liderança dos marcadores.
Perante o delírio dos adeptos gauleses, Platini assinou um segundo ‘hat-trick’ ao terceiro encontro, face à Jugoslávia (3-2): a 19 de junho de 1984, isolou-se na frente da tabela, lugar que, mais de 30 anos depois, ainda ocupa.
A rematar um Europeu em que marcou em todos os jogos, o Bola de Ouro de 1983, 1984 e 1985 apontou o tento que afastou Portugal, no prolongamento das meias-finais (3-2), e marcou na final com a Espanha (2-0).
No que respeita em exclusivo a uma só edição, nenhum jogador chegou perto do feito de Platini, já que o segundo melhor registo é de cinco tentos, conseguidos por cinco jogadores, entre eles o inglês Alan Shearer.
Shearer apontou cinco golos em 1996 e, na edição seguinte, em 2000, marcou mais dois, ocupando o segundo lugar do histórico, imediatamente à frente de um quinteto, que inclui dois jogadores portugueses.
Nuno Gomes chegou aos seis tentos em três edições (quatro em 2000, um em 2004 e um em 2008), tal como Cristiano Ronaldo (dois em 2004, um em 2008 e três em 2012), que é a maior ameaça a Platini, pois estará na edição de 2016.
Com o alargamento da prova a 24 seleções, o ‘capitão’ da seleção lusa pode fazer um máximo de sete jogos, o que lhe dá boas possibilidades de se chegar a Platini, sendo que, na primeira fase, os adversários são Islândia, Áustria e Hungria.
No que respeita ao coletivo, a Alemanha partiu para a última edição em igualdade com a Holanda, com 55 tentos, mas marcou em 2012 mais oito tentos (10 contra dois) do que o conjunto ‘laranja’ e destacou-se na liderança.
Os germânicos totalizam 65 golos, contra 57 da Holanda, sendo que, provavelmente, vão alargar a sua vantagem, uma vez que o conjunto dos Países Baixos falhou a qualificação é o grande ausente da edição de 2016.
A Espanha ocupa o último lugar do pódio, com 50 golos, seguindo-se a França, com 49, e, mais distantes, Portugal e a República Checa (herdeira dos registos da Checoslováquia), ambos com quatro dezenas.
No total das 13 fases finais (disputadas de quatro em quatro anos ininterruptamente desde 1960), foram apontados 579 golos, em 235 jogos (média de 2,46 por encontro).
Em termos de média, a edição de 1976, realizada na Jugoslávia, foi a mais produtiva, com 4,75 por encontro (19 em apenas quatro jogos), enquanto a mais pobre foi a de 1968, em Itália, com escassos 1,40 (sete em cinco jogos).
Na história dos Europeus, está também o jugoslavo Milan Galic, autor, aos 11 minutos do jogo de abertura, do primeiro golo em fases finais, a 06 de julho de 1960, na vitória por 5-4 sobre a França, nas meias-finais.