A família do piloto francês Jules Bianchi, que morreu na sequência dos ferimentos após um despiste no Grande Prémio do Japão de 2014 de Fórmula 1, vai processar a Federação Internacional do Automóvel (FIA) e a escuderia Marussia.
Julian Chamberlayne, representante da família de Bianchi, falecido em julho do ano passado, após quase nove meses em coma, escreveu no site da sua sociedade de advogados que “o acidente era evitável”.
O mesmo advogado acrescentou que estão também a ser preparados processos contra a Formula One Management, empresa que organiza o Mundial de Fórmula 1.
Chamberlayne reconhece que a FIA “fez inúmeras recomendações” para melhorar a segurança da Fórmula 1, mas “falhou em identificar as falhas que provocaram a morte de Jules [Bianchi]”.
“Foi surpreendente e preocupante para a família Bianchi ver que a FIA, nas suas conclusões, e apesar de indicar muitos fatores, tenha responsabilizado Jules”, escreve o advogado.
Neste sentido, a família do piloto francês “está decidida em obrigar os implicados a dar respostas e a assumir responsabilidades pelas falhas”.
“É importante que os futuros pilotos possam ter confiança e segurança no desporto que elegem”, refere ainda o advogado.
Bianchi faleceu depois de nove meses em coma, na sequência de um despiste no Grande Prémio do Japão, no Circuito de Suzuka.
Sob condições atmosféricas adversas, devido à chuva e reduzida visibilidade, o francês, que conduzia um Marussia, colidiu com uma grua que retirava o Sauber acidentado do alemão Adrian Sutil da gravilha.
O piloto foi de imediato transportado para o hospital de Mie, no Japão, no qual foi operado às graves lesões na cabeça, ficando desde esse dia em coma, estado do qual nunca chegou a recuperar.