O Desportivo das Aves, penúltimo colocado, e o ''lanterna vermelha'' Beira-Mar afundaram-se hoje ainda mais na Liga portuguesa de futebol, ao empatarem a zero na Vila das Aves, em encontro da 16ª jornada.
Num jogo com raros momentos de bom futebol e poucas oportunidades de golo, os locais, que estrearam três reforços de Inverno (Nuno, Moreira e Diego), somaram o quarto jogo consecutivo sem ganhar e os forasteiros o 13º - ainda só venceram uma vez.
Com este resultado, que representou o primeiro empate caseiro do Aves e o segundo ponto conquistado fora pelos aveirenses, as duas equipas ficaram, com nove pontos, a três do antepenúltimo colocado, o Vitória de Setúbal, que venceu por 1-0 em Coimbra.
O jogo desta tarde foi animado, mas sempre mal jogado, entre duas equipas ansiosas, que pouco fizeram para alterar a sua posição na tabela classificativa: a vontade foi muita, mas a qualidade pouca.
Neca, treinador dos minhotos, apostou de início em três dos quatro reforços de Inverno: Nuno, Moreira e Diego Gama estrearam-se no ''onze'' titular, enquanto Jorge Ribeiro ficou no banco de suplentes.
Do outro lado, Paco Soler, técnico dos aveirenses, que nõa pôde contar com os castigados Roma e Jorge Leitão e o engripado Rui Lima, chamou à titularidade o recém chegado Makelele, que actuou como médio mais recuado da equipa.
O primeiro quarto-de-hora foi controlado pelo Aves, que conseguiu criar alguns lances de aflição junto da baliza contrária. O Beira Mar foi reagindo aos poucos, equilibrando a partida e levando o jogo a uma acesa disputa, sobretudo no miolo do terreno.
Matheus era o aveirense mais esclarecido e aquele que procurava encontrar soluções para as dificuldades da equipa. Foi dele que saiu um dos primeiros lances de perigo do Beira Mar, criando dificuldades a Nuno em cima dos 25 minutos da primeira parte.
O perigo junto das balizas só voltou a surgir em ''cima'' do intervalo: primeiro foi o Aves a estar perto do golo, com Leandro a não aproveitar um desentendimento entre Eduardo e Jorge Silva, e depois foi a vez de Torrão, médio dos aveirenses, a criar perigo para a baliza de Nuno, na conversão de um livre directo.
O destaque da segunda metade vai para Moreira, que esteve sempre muito irrequieto e se cotou como um dos melhores em campo. Foi pelos pés do ex-internacional sub-21 português que passou a maior parte dos lances ofensivos dos minhotos, antes de sair lesionado, já perto do final do encontro, queixando-se do joelho direito.
A ansiedade das duas equipas para chegar à vantagem veio ao de cima à medida que o jogo se aproximava do fim, com os lances criados a não terem consequências junto das duas balizas.
E foi já nos descontos que surgiu a melhor oportunidade do encontro, quando Tininho rematou para defesa de Nuno e, na recarga, o médio André Leão, que tinha entrado pouco antes, desperdiçou em frente da baliza o golo que daria a vitória aos aveirenses.
LUSA