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Euro-2016: Falhanço da Holanda e cinco estreias marcam qualificação

A Holanda, campeã europeia em 1988 e semifinalista dos dois últimos Mundiais, foi a grande deceção da fase de qualificação para o campeonato da Europa de 2016, ao falhar o apuramento, apesar do alargamento a 24.

Euro-2016: Falhanço da Holanda e cinco estreias marcam qualificação
Futebol 365

Enquanto Albânia, Islândia, País de Gales, Eslováquia e Irlanda do Norte aproveitaram para selar o primeiro apuramento de sempre, a formação ‘laranja’ foi tudo menos ‘mecânica’, ficando-se pelo quarto lugar do Grupo A.

As campeãs Dinamarca (1992) e Grécia (2004), que cometeu a ‘proeza’ de perder duas vezes com as Ilhas Faroé, também falharam uma qualificação marcada pelo pleno de triunfos da Inglaterra e, individualmente, pelo galês Gareth Bale, o polaco Robert Lewandowski e o sueco Zlatan Ibrahimovic.

A qualificação foi disputada no sistema de ‘Semana do Futebol’, conceito com jogos de quinta a terça-feira, e até a Espanha (derrota na Eslováquia) e a Alemanha (desaire na Polónia) apanharam sustos, logo à segunda jornada, antes de selaram a 10.ª e a 12.ª presenças, respetivamente.

O Grupo A ficou marcado pelo fiasco da seleção holandesa, que se ficou pelo quarto lugar, com quatro vitórias, um empate e cinco derrotas (17-14 em golos), acabando atrás de República Checa, da sensação Islândia e da Turquia. Não haverá europeu para Arjen Robben, Wesley Sneijder ou Robin van Persie.

Os checos somaram a sexta presença consecutiva na fase final com 22 pontos, a Islândia, com Gylfi Sigurdsson (seis golos) em destaque, contabilizou 20, rumo à estreia absoluta em grandes provas, e a Turquia selou a quarta participação com 18, que lhe valeram o apuramento direto, com melhor terceira.

A Bélgica, líder do ‘ranking’ mundial, venceu o Grupo B, com 23 pontos, mas o grande destaque vai para o País de Gales, em especial para Bale, autor de sete dos 11 tentos dos galeses, contribuindo decisivamente para os 21 pontos somados.

Os ‘diabos vermelhos’ selaram a quinta presença numa fase final, depois de falharem as três últimas, enquanto os comandados de Chris Coleman estreiam-se num Europeu. Apenas tinham estado num Mundial, há 58 anos, em 1958.

Bicampeã em título, a Espanha dominou por completo o Grupo C, selando a 10.ª presença com 27 pontos, mais cinco do que a Eslováquia, que se vai estrear em Europeus e repetir a participação ímpar no Mundial de 2010.

A Alemanha também cumpriu os prognósticos e arrebatou o Grupo D, embora com ‘apenas’ 22 pontos, mais um do que a Polónia, que garantiu a terceira presença consecutiva, graças, em grande parte, aos golos do ‘bávaro’ Robert Lewandowski, melhor marcador da fase de qualificação, com 13.

O Grupo E foi um ‘monólogo’ da Inglaterra, única seleção que fez o pleno de 30 pontos, rumo à nona presença numa fase final. Com 21 pontos, a Suíça foi uma folgada segunda colocada, selando a quarta participação.

A Grécia era a ‘cabeça de série’ do Grupo F, mas foi um fiasco, terminando no último lugar, com a Irlanda do Norte a acabar em primeiro, com 21 pontos, contra 20 da Roménia, a melhor defesa da qualificação (dois golos sofridos).

Os irlandeses estarão pela primeira vez num Europeu, depois de três Mundiais (1958, 82 e 86), e os romenos pela quinta.

No Grupo G, a Áustria foi imperial, rumo a uma segunda presença – esteve em 2008, mas como anfitriã –, ao ceder apenas um empate, para um total de 28 pontos, seis à frente da Rússia, que, após o fim da URSS, só falhou a edição de 2000.

Por seu lado, a Itália não deu hipóteses no Grupo H, que venceu invicta, com três empates cedidos, para um total de 24 pontos, contra 20 da Croácia. Os transalpinos, campeões em 1968, cumprirão a nona presença e os croatas a quinta.

O único agrupamento com cinco seleções, o I, foi dominado por Portugal, que se estreou com um desaire na receção à Albânia, com Paulo Bento, e venceu os sete jogos seguintes pela margem mínima, sob o comando de Fernando Santos, totalizando 21 pontos. Os albaneses foram segundos, com 14.

A formação das ‘quinas’ somará a sétima participação, mantendo o pleno desde 1996, enquanto a Albânia cumprirá em 2016 a estreia numa grande competição.

O ‘play-off’, para os oito piores terceiros, premiou a Suécia (sexta presença), graças sobretudo a três golos de Zlatan Ibrahimovic, a Hungria (terceira), a República da Irlanda (terceira) e a Ucrânia (segunda), à custa de Dinamarca, Noruega, Bósnia-Herzegovina e Eslovénia.

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