Uma primeira parte acutilante e eficaz deu hoje ao Nacional da Madeira uma preciosa vitória, por 3-2, sobre o seu rival Marítimo, no jogo de encerramento da 16ª jornada da Liga portuguesa de futebol, realizado no Estádio Engenheiro Rui Alves, no Funchal.
Os nacionalistas foram para o intervalo a vencer por 2-0, com golos de Bruno Amaro, aos nove minutos e de Gregory, na própria baliza, aos 13 e com essa vantagem geriram a segunda parte, embora o Marítimo tivesse reduzido para 2-1, por Filipe Oliveira (66), Bruno tivesse reposto a vantagem de dois golos (69) e Lipatin tenha feito o resultado final (84).
Com esta vitória o Nacional igualou os sextos classificados da Liga (Naval e Paços de Ferreira), com 24 pontos e ultrapassou o rival Marítimo, que ficou assim com os mesmos 23 pontos que entrou para a jornada.
Para ambas s equipas, pontuar era essencial, para não deixarem mais longe os lugares que dão acesso a um lugar europeu, objectivo assumido pelas duas no início do campeonato.
As equipas apresentaram-se em campo quase na máxima força, com o Nacional apenas a acusar a falta de Adriano, há longo tempo lesionado, o mesmo que sucede com Martin Prest, do lado do Marítimo, que também não podia contar com o defesa central Alex, igualmente lesionado.
O jogo teve início com as equipas a apresentarem o esquema e os jogadores habituais, com excepção do Marítimo, onde se estreou o reforço holandês Arvid, no meio campo defensivo.
O Nacional não poderia ter começado da melhor forma a partida e, logo aos nove minutos, numa jogada aparentemente inofensiva, Bruno Amaro ''inventou'' um grande remate de fora da área, descaído pela direita, com a bola a anichar-se no ângulo superior direito da baliza de Marcos.
Ainda os ''verde-rubros'' tentavam assimilar o tento sofrido, quando os ''alvi-negros'' ampliaram a vantagem, através de um auto-golo do defesa central francês Gregory, que desviou para o fundo da sua baliza um cabeceamento de Ávalos, após pontapé de canto da direita, aos 13 minutos.
A perder, o treinador do Marítimo, Ulisses Morais, decidiu arriscar e, aos 28 minutos, tirou o lateral direito Briguel, colocando em campo o ala Filipe Oliveira, ficando a jogar num sistema de três defesas - Milton do Ó, Gregory e Evaldo.
A alteração não deu efeitos e foi a turma de Carlos Brito quem, já no período de descontos da primeira parte, podia ter chegado ao terceiro golo, mas, ao potente e colocado remate de Bruno Amaro, Marcos correspondeu com grande defesa para canto.
No reatamento, aos 56 minutos, o Marítimo quase marcava, mas o remate de Kanu, na área, bateu no poste e a recarga de Marcinho obrigou Diego a bela defesa para fora.
Ulisses Morais decidiu arriscar tudo, tirou o ala Kanu e colocou mais um ponta-de-lança, no caso Lipatin, refrescando também o meio-campo com a saída de Wénio e a entrada de Olberdam.
A aposta pareceu resultar e, aos 66 minutos, Filipe Oliveira reduziu o marcador, ao cabecear solto entre os centrais do Nacional, após cruzamento da esquerda de Olberdam.
O Nacional não poderia ter respondido da melhor forma e, três minutos depois, repôs a vantagem em golos através da cobrança exemplar de um livre directo frontal, por Bruno, que Marcos não conseguiu deter.
Arvid, aos 74 minutos, ainda obrigou Diego a grande defesa para canto, num remate de primeira fora da área, mas Rodrigo quase marcou o quarto golo da sua equipa, aos 78 minutos.
O Marítimo ainda reduziu, aos 84 minutos, através de Marcelo Lipatin, que cabeceou da melhor forma um cruzamento da esquerda de Marcinho.
LUSA