A Procuradoria de Justiça requereu hoje a absolvição do futebolista do FC Barcelona Lionel Messi, que está a ser julgado por evasão fiscal, mas o advogado do fisco manteve as acusações, comparando-o o futebolista a um chefe do crime.
“Lionel Andres Messi deve ser absolvido”, afirmou o Procurador Raquel Amado na manhã da última audiência do processo e na ausência de Messi, que se encontra nos Estados Unidos com a seleção argentina para disputar a Copa América.
O magistrado defendeu que o jogador argentino de 28 anos não conhecia nada sobre o esquema montado pelo pai e pelos seus advogados de criar sociedades em paraísos fiscais para evitar o pagamento de 4,16 milhões de euros ao fisco espanhol.
“Ele não queria pagar os seus impostos, essa é que é a questão essencial. Que ele se tenha desinteressado da forma como isso seria feito, é outra coisa”, contrapôs Mario Maza, advogado do Fisco, para quem Messi “é como o chefe de uma estrutura criminosa, que está no topo da hierarquia e que não quer saber dos executantes ou do método por estes utilizado”.
Maza pede o pagamento do montante em que o estado espanhol foi defraudado e uma pena de 22 meses de prisão para Messi e seu pai.
Desde terça-feira que ambos estão a ser julgados no Palácio da Justiça de Barcelona por terem montado um esquema de fuga ao fisco assente em várias sociedades criadas no Reino Unido, Suíça, Belize e Uruguai, com o objetivo de pagar os impostos correspondentes aos direitos de imagem do jogador argentino celebrados com marcas como a Adidas, a Konami, a Pepsi e a Danone entre 2007 e 2009.