Euro-2016: Polícia defende dispositivo utilizado em Marselha

“O dispositivo estava perfeitamente adaptado para este encontro” e “era suficiente”, disse o chefe da polícia de Marselha, Laurent Núñez, que, contudo, admitiu qye nos próximos encontros naquela cidade vão “retirar conclusões” dos confrontos que ocorreram em Marselha e nas imediações e no interior do estádio Velodrome.

Em conferência de imprensa, o responsável disse que as forças da ordem intervieram sempre que houve um confronto “para dispersar os manifestantes”, recordando que foram detidas oito pessoas.

Já o porta-voz do Ministério do Interior, Pierre Henri Brandet, precisou que foram detidas oito pessoas no sábado e sete na véspera, número que deverá aumentar nos próximos dias, devido aos vídeos que existem dos confrontos na zona do porto velho de Marselha.

Depois de três dias de violência na zona do porto velho de Marselha, os incidentes alastraram-se às imediações e ao interior do estádio Velodrome, palco do jogo entre ingleses e russos, da ronda inaugural do Grupo B, que já levou a UEFA a abrir um procedimento disciplinar contra a Federação Russa de Futebol.

Os adeptos russos vão ser investigados por “provocação de distúrbios, comportamento racista e uso de material pirotécnico” pelo Comité de Ética e Disciplina do organismo regulador do futebol europeu, que decidirá eventuais sanções durante uma reunião marcada para terça-feira.

A UEFA já tinha condenado veementemente os episódios de violência e esclarecido que só poderia atuar no perímetro dos recintos do Euro2016.

Durante a tarde de sábado, os tumultos na zona do porto velho provocaram 19 feridos, entre os quais um inglês em estado grave, enquanto já perto do estádio a polícia recorreu a gás lacrimogéneo e a um canhão de água para dispersar os adeptos.

Incidentes semelhantes tinham já sido registados na quinta e sexta-feira, em Marselha, mas entre menos adeptos e sem causar feridos graves.