Nova direção da Académica quer um único museu do futebol de Coimbra

"Temos a ideia de um único museu do futebol que una a nossa história, universitária, da OAF [Organismo Autónomo de Futebol] e da cidade de Coimbra", afirmou o novo presidente da Académica de Coimbra, Paulo Almeida, eleito no sábado.

Em declarações aos jornalistas, Paulo Almeida sublinhou que o objetivo é "promover melhor Coimbra, o seu desporto e honrar a sua memória".

Segundo o novo líder da Académica, pretende-se "falar com todos os parceiros" para "um grande projeto em comum", sem avançar com detalhes.

De momento, a primeira Taça de Portugal conquistada pela Académica, em 1939, está no Museu Académico da Universidade de Coimbra, sendo que a segunda, arrecadada em 2012, está na Sala de Troféus Vasco Gervásio, espaço do clube.

Tal está relacionado com a própria história da Académica, que até 1974 foi uma secção de futebol da associação de estudantes de Coimbra (extinta nesse ano e reativada em 1977), passando a assumir-se como Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF), em 1984.

Hoje, AAC/OAF e a secção de futebol da associação de estudantes coexistem (a secção, amadora na sua estrutura, joga na 3.ª divisão), sendo que Paulo Almeida pretende "estreitar laços" entre o clube e a academia.

Uma das ideias lançadas é a criação de uma comissão entre as duas entidades, para se conseguir chegar a um novo acordo, explanou, não querendo adiantar se poderá estar em causa a transformação da secção de futebol numa espécie de clube satélite da Académica.

Com o presidente da associação de estudantes sentado na mesma mesa da nova assembleia-geral, Paulo Almeida realçou, durante o seu discurso de tomada de posse, que irá "intensificar o relacionamento com a Câmara, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico" e com a mais antiga associação de estudantes do país.

O advogado Paulo Almeida, de 42 anos, foi eleito presidente da Académica de Coimbra, no sábado, em lista única, tendo obtido 567 votos dos 785 sócios que participaram no sufrágio.