Onze dos 43 adeptos russos detidos na terça-feira em Mandelieu-la-Napoule, no sudeste de França, onde decorre o Euro2016 de futebol, foram libertados, mantendo-se os restantes sob custódia.
Os adeptos foram controlados no quadro da investigação dos confrontos ocorridos no sábado à margem do Inglaterra-Rússia (1-1) e quando se encontravam no autocarro em Mandelieu-la-Napoule, a 170 quilómetros de Marselha.
A investigação francesa incide ainda nos confrontos de sábado entre adeptos russos e ingleses, que deixaram 35 feridos, a maioria dos quais britânicos, uma deles em estado grave, mas estável.
Na terça-feira, 30 desses adeptos recusaram-se inicialmente a submeter-se à operação de identificação e a descer do autocarro, já no pátio da gendarmaria de Mandelieu-la-Napoule, a hora e meia de Marselha.
Acabaram por aceitar descer da viatura e foram transportados pelas forças policiais para Marselha.
A polícia francesa tenta agora, recorrendo também a imagens vídeo, identificar os ‘hooligans’ russos.
Após as detenções, num limite de máximo de 48 horas, os adeptos poderão ser libertados ou expulsos de França, no aspeto administrativo, ou até enfrentarem acusações.
Entretanto, na terça-feira à noite, em Lille, onde a Rússia defronta hoje a Eslováquia, a polícia deteve quatro adeptos russos que se envolveram em incidentes com ingleses, nas proximidades da estação de comboios.
A UEFA já tinha ameaçado excluir as seleções da Rússia e Inglaterra caso os seus adeptos repitam comportamentos violentos e na terça-feira o Comité Disciplinar puniu mesmo os russos com a desqualificação, com pena suspensa.
“Esta desqualificação tem pena suspensa até ao final do torneio. Essa suspensão será levantada se ocorrerem incidentes de natureza similar (distúrbios dos adeptos) dentro do estádio de qualquer um dos jogos da equipa russa durante a competição”, disse o organismo.