Crónica: Polónia mais perto de vencer no primeiro nulo da prova

A primeira consequência deste nulo foi o afastamento da seleção da Ucrânia, que hoje perdeu por 2-0 com a Irlanda do Norte, do Euro2016.

A primeira parte foi muito equilibrada, com as duas equipas a evidenciarem receio mútuo e a anularem-se em termos ofensivos, a despeito da intensidade alta do jogo e do nível de agressividade nas marcações e recuperações, razão pela qual não se registou nenhuma oportunidade de golo.

De resto, o selecionador alemão revelou muito respeito pelo adversário, ao apresentar-se num '4x2x3x1', com Mário Gotze na frente como falso ponta de lança, apoiado por uma linha de três unidades formada por Thomas Muller, mais descaído sobre a direita, Mezut Ozil a pisar espaços mais interiores e Julian Draxler a “cair” para o flanco esquerdo.

No segundo tempo, a Polónia, que se dispôs num clássico '4x4x2', com uma fortíssima dupla de ataque constituída por Milik e Lewandowski, entrou decidida a ganhar o jogo e, logo aos 46 minutos, Milik falhou o 1-0 de forma incrível, ao não conseguir cabecear para o fundo das redes de Neuer.

Três minutos depois, foi o central Hummels a evitar ‘in-extremis’ que o cruzamento de Jedrzejczyk chegasse aos pés de Lewandowski, em posição mais do que privilegiada para finalizar a jogada.

A Polónia conseguiu 'soltar as amarras' e tomou conta do jogo na primeira meia-hora da segunda parte, muito por conta da velocidade que passou a imprimir às suas ações, mais agressiva nas marcações e na recuperação da bola, perante uma Alemanha que foi mantendo o nulo com alguma dificuldade.

Aos 59 minutos, foi a vez de Boateng evitar que Lewandowski, isolado a caminho de baliza de Neuer, abrisse o marcador, aos 68, foi Milik a falhar estrondosamente na marca de penálti uma aparente fácil finalização, após cruzamento de Grosicki, do flanco esquerdo.

A Alemanha criou a primeira oportunidade de golo aos 69 minutos, quando o guarda-redes polaco Fabianski fez uma grande defesa a remate de Mesut Ozil, à entrada da área.

No último quarto de hora, a Alemanha voltou a reequilibrar a partida e até teve algum ascendente na parte final do jogo, o qual a Polónia, que pareceu acusar algum desgaste físico, conseguiu controlar, baixando o bloco defensivo.