O antigo futebolista brasileiro Romário, atual senador, anunciou ontem que pretende candidatar-se a presidente da Câmara do Rio de Janeiro, no final do ano, pelo Partido Socialista (PSB).
“Quando me candidatei ao lugar de senador, em 2014, muitos falaram da minha falta de experiência, o que até era verdade, mas conjuntura politica atual mostra que os mais experientes estão em vias de ir para a prisão, e essa experiência não a quero ter”, declarou Romário, durante uma conferência de imprensa no Rio de Janeiro.
O ‘baixinho’ aludiu ao inquérito ‘Lava Jacto’ que fez emergir uma vasta rede de corrupção envolvendo o gigante petrolífero Petrobrás, que já levou à prisão de numerosos homens de negócios e de altos responsáveis políticos.
A 13 de junho passado, o Procurador da República solicitou ao Supremo Tribunal que inquirisse Romário, que tem feito da corrupção o seu ‘cavalo de batalha’, sobre um alegado donativo de 100 mil reais (26 mil euros) para a sua campanha eleitoral em 2014, por parte da empresa Oderbrecht, implicada no escândalo Petrobrás.
“Muitas coisas negativas sobre a minha conduta vão aparecer, mas posso afirmar que não dou nada a ninguém. Sei que será uma luta difícil, mas a minha vida nunca foi fácil”, disse Romário, que cresceu na zona norte do Rio de Janeiro onde a pobreza reina.
A candidatura de Romário para substituir o atual presidente da Câmara do Rio, Eduardo Paes, do partido PMDB, de centro-direita, atualmente no poder, terá de ser ainda ratificada pelo seu partido, o PSB, de centro-esquerda.
Em maio passado, Romário pronunciou-se a favor da abertura de uma processo à Presidente Dilma Roussef no âmbito do processo de destituição que levou à suspensão das funções que exercia.