O futebolista Nuno Assis, suspenso por um ano pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), por doping, vai avançar com uma acção de anulação da sentença, com o apoio jurídico de Benfica e sindicato dos jogadores profissionais.
Segundo o diário desportivo O Jogo, que se sustenta na garantia dada por Sílvio Cervan, vice-presidente do Benfica para a área jurídica, a acção de anulação será apresentada no Tribunal Federal da Suíça ''pelo próprio jogador, por intermédio de um advogado suíço - condição obrigatória''.
O mesmo jornal acrescenta que ''já foi contratado para o efeito'' um advogado suíço, ''que já está a trabalhar no processo, com a ajuda dos advogados do Benfica e sindicato de jogadores''.
''Os argumentos da defesa serão de natureza técnica e formal e caso o tribunal decida dar razão a (Nuno) Assis, a sentença do TAS perde efeito e passa a vigorar a anterior, ou seja, o arquivamento do processo decidido pelo Conselho de Disciplina da Federação'', escreve O Jogo.
Nuno Assis acusou a substância 19 norandrosterona num controlo antidoping realizado a 03 de Dezembro de 2005, no final do jogo Marítimo-Benfica (0-1), tendo sido suspenso por seis meses pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
O médio ''encarnado'' não cumpriu na íntegra o castigo porque o Benfica recorreu para o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que, a 14 de Julho de 2006, ordenou o arquivamento da suspensão imposta pela CD da Liga de clubes.
Na sequência de uma queixa apresentada pela Agência Mundial Antidopagem, alertada para o caso pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) suspendeu a 04 de Janeiro Nuno Assis por um ano, período ao qual serão deduzidos 161 dias de castigo já cumprido.
O ''provimento parcial'' do recurso da AMA - que pedia uma pena de dois anos - deixa o médio fora dos relvados até 26 de Julho, inclusive, e, apesar de a sentença do TAS não ser passível de recurso, o Benfica tenta agora patrocinar a alternativa de recorrer para o Tribunal Federal da Suíça.