Crónica: Alemanha perdulária, mas nos 'oitavos', Irlanda Norte ainda sonha

Um golo de Mario Gomez, aos 30 minutos, selou o triunfo dos germânicos, que falharam ocasiões flagrantes suficientes para conseguir uma goleada, com Thomas Müller a somar dois remates nos ‘ferros’, aos 27 e 34.

O encontro foi um ‘monólogo’ dos germânicos, perante uma Irlanda do Norte que jogou para o empate e, em desvantagem, manteve-se sobre a defesa, acreditando que, com três pontos e 2-2 em golos, será um dos quatro melhores terceiros.

Após a conclusão de três agrupamentos, os irlandeses, que tiveram nas bancadas o apoio do golfista Rory McIlroy, ‘equipado’ com uma camisola com o ‘ícone’ George Best, já estão à frente da Albânia (três pontos e 1-3 em golos).

A formação de Michael O’Neill ainda sonha, enquanto Eslováquia (terceira do Grupo B, com quatro pontos) garantiu os ‘oitavos’, tal como a Hungria, que defronta quarta-feira Portugal, e a Croácia, que já somam quatro pontos e não podem ser quartos dos respetivos grupos.

Em relação ao histórico triunfo por 2-0 sobre a Ucrânia, Michael O’Neill manteve o ‘onze’, um ‘4-5-1’ que, em termos defensivos, se transformava num ‘6-3-1’, com Ward e Dallas a funcionarem como laterais.

Por seu lado, a Alemanha entrou com duas alterações face ao ‘nulo’ com a Polónia: Kimmich e Mario Gomez em vez de Höwedes e Draxler, num ‘4-2-3-1’, com Özil (direita), Müller (meio) e Götze (esquerda) nas costas do avançado do Besiktas.

Os campeões do Mundo entraram a dominar, instalaram-se junto da área contrária e começaram a somar grandes ocasiões, falhadas por Müller (sete, 23 e 27 minutos, a última com um cabeceamento ao poste esquerdo), Özil (11) e Götze (12).

A insistência acabou por dar frutos aos 30 minutos, numa jogada iniciada em Özil e prosseguida por Gomez e Müller, que devolveu para Mario Gomez inaugurar o marcador, com um forte remate de pé esquerdo.

O golo não mudou nada e Müller, agora com um remate à barra (34 minutos), e Gomez (41) poderiam ter aumentado a vantagem dos alemães, numa primeira parte em que o ‘monólogo’ só foi quebrado por dois contra-ataques mal definidos por Ward.

A segunda parte começou de forma idêntica, com os alemães a continuarem a criar e a falhar, nomeadamente por Götze (52 minutos, em duas ocasiões) e Gomez (59).

Com o passar dos minutos, o ‘onze’ de Löw começou a perder ‘gás’ e a jogar de forma mais controlada, só voltando verdadeiramente a assustar aos 82 minutos, quando o guarda-redes McGovern foi ‘enorme’, em resposta a cabeceamento de Gomez.

Na parte final, a Irlanda do Norte refugiou-se ainda mais junto da sua área e logrou segurar a desvantagem pela margem mínima, tendo agora de esperar pelos resultados dos outros agrupamentos para ver ser se a estratégia foi acertada.