O árbitro de futebol setubalense Bruno Paixão pondera processar o semanário Sol por ''difamação'', por ''estar errada'' a notícia veiculada sábado, que aponta para a sua suspensão por alegadamente ser arguido no processo Apito Dourado.
''Em relação a esse jogo (Belenenses-Boavista) apenas fui ouvido na condição de testemunha, pura e simplesmente. A notícia não faz sentido, está errada'', referiu Bruno Paixão, em declarações à Agência Lusa.
O árbitro garante que apenas aguarda um contacto telefónico do seu advogado para tomar a decisão definitiva quanto à apresentação do processo contra o semanário.
Bruno Paixão também disse não ter ainda falado com os seus colegas de arbitragem envolvidos na mesma notícia do Sol, pelo que desconhece se ponderam o mesmo tipo de acção.
Na edição de sábado, o Sol apresenta uma tabela, com o título ''arguidos da Superliga 2003/04...'', na qual surge o árbitro Bruno Paixão como acusado de ''corrupção passiva'' no encontro Belenenses- Boavista, de 28 de Fevereiro de 2004.
A tabela refere que, no âmbito desse encontro, foram acusados de ''corrupção activa'' os dirigentes João Loureiro, Pinto Correia e Ezequiel Feijão.
O Sol adianta que o presidente da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Ricardo Costa, se reuniu quinta- feira com a Procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, no sentido de apurar ''eventuais infracções disciplinares de arguidos''.
A Liga, segundo o semanário, pretende continuar com o ''princípio'' de suspender os árbitros com processos disciplinares, podendo ''estender-se aos 11 dos 25 árbitros da primeira categoria nacional que foram constituídos arguidos''.
LUSA