Quatro jovens foram detidos pela polícia na noite de terça para quarta-feira após terem sido identificados em gravações de vídeo dos confrontos da semana passada na cidade siciliana de Catânia, informou hoje a agência noticiosa Ansa.
Os quatro menores de idade foram reconhecidos em filmes e fotografias tiradas durante os distúrbios de última sexta-feira, que resultaram na morte de um polícia de 38 anos, tendo sido detidos por ''resistência agravada e prolongada'' às autoridades da ordem.
Com estas detenções eleva-se a 34 o número de pessoas sob custódia policial, onze das quais menores, desde os graves incidentes resultantes do derbi siciliano Catânia-Palermo, que opôs a polícia a jovens adeptos da equipa local.
Hoje mesmo, em Roma, uma reunião extraordinária do conselho de ministros deverá adoptar medidas de excepção prevendo que, entre outras, os estádios de futebol e os clubes que não cumpram as normas de segurança em vigor só possam realizar jogos à porta fechada.
A decisão de reatar no próximo domingo os jogos do Campeonato da Liga italiana de futebol, suspenso desde a passada sexta-feira, deverá ser tomada após a reunião do conselho de ministros, confirmou por seu lado o comissário extraordinário da Federação de futebol italiana, Luca Pancalli.
Enquanto isso, três grupos pertencentes às claques ultra do AC Milão, Inter de Milão e Juventus de Turim condenam hoje em comunicado conjunto as medidas pré-anunciadas pelo governo italiano para combater a violência nos estádios, denunciando aquilo que qualificam de ''ausência de diálogo com os adeptos''.
Os ''tifosi'' ligados à ''Brigada Rossonere'', do AC Milão, dos ''Boys'', do Inter de Milão, e os ''Vikings'', da Juventus, opõem-se designadamente a uma das medidas restritivas pré-anunciadas, destinada a limitar a sua deslocação aos estádios de equipas adversárias.
No mesmo comunicado, os grupos ultra consideram que tais restrições ''conduzirão inevitavelmente a um endurecimento das suas relações com as forças da ordem''.
LUSA