O avançado Jakub Blaszczykowski equiparou hoje a seleção portuguesa de futebol à polaca, distinguindo a coletividade polaca às individualidades lusas, na véspera do jogo dos quartos de final do Euro2016, em Marselha.
“Portugal tem bastantes individualidades, claro que isso nem sempre é bom porque o futebol é um desporto de equipa. Esse sentimento coletivo é algo que a Polónia tem e que é a base da nossa força. Sabemos o potencial de Portugal – há vários anos que é uma equipa muito boa. Mas também temos potencial, podemos causar problemas e também temos jogadores de classe mundial. Não somos inferiores”, afirmou o extremo da Fiorentina.
Em entrevista à UEFA, Kuba recordou o último triunfo polaco frente à equipa das ‘quinas’, por 2-1, em 2006, na qualificação para o Euro2008, em Chorzow, com dois golos de Ebi Smolarek, contra o tento de Nuno Gomes.
“Estávamos eufóricos. Portugal nessa altura era uma equipa muito boa, com jogadores fantásticos. Esse foi o primeiro passo no apuramento para o Euro2008, a nossa estreia numa fase final. Esse jogo foi o ponto de viragem, um momento decisivo. Fez com que acreditássemos em nós e, como sabemos, seguimos em frente como vencedores do grupo. Foi aí que tudo mudou”, explicou.
Assumindo-se pessoalmente otimista, Kuba atestou a força mental dos jogadores polacos e admitiu que a seleção polaca treinou grandes penalidades, antes do jogo dos oitavos de final.
“Temos cobrado três ou quatro tentativas em cada treino e o resultado está à vista. Antes do jogo contra a Suíça antecipámos esse cenário e estávamos preparados para tal”, frisou.
Apesar de a Polónia nunca ter perdido quando Kuba marcou – conta 18 golos –, o avançado desvalorizou essa curiosidade: “Não quero saber de quem marca. O que importa é a equipa ganhar, obter o melhor resultado possível. É isso que realmente me satisfaz”.
Portugal e Polónia disputam o primeiro embate dos quartos de final do Euro2016, no Estádio Vélodrome, em Marselha na quinta-feira, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), num encontro que vai ser arbitrado pelo alemão Felix Brych.