O País de Gales soube hoje em Lille contrariar o favoritismo da Bélgica, nos quartos de final do Euro2016 de futebol, ganhando por 3-1, resultado que coloca os britânicos na rota de Portugal, na meia-final de quarta-feira.
Os belgas foram os primeiros a marcar, através de Radja Nainggolan, logo aos 13 minutos, mas a equipa galesa igualou ainda antes do intervalo, por intermédio de Ashley Williams, aos 31, para Hal Robson-Kanu, aos 55, e Sam Vokes, aos 86, anotarem os tentos que deram a vitória ao País de Gales.
A Bélgica chegou ao torneio com o estatuto de favorita, face ao 'ranking' mundial da seleção (europeia mais bem classificada), mas, por 'ironia' do destino, acaba por cair às mãos da única seleção com quem não conseguiu saldo positivo na fase de qualificação - os galeses ganharam em casa e impuseram um empate em Bruxelas.
Com três belíssimos golos (Williams, Robson-Kanu e Vokes), a seleção do dragão respondeu na perfeição a um golo inicial de Nainggolan, ainda não estavam concluídos 13 minutos de jogo.
A histórica primeira fase final de Gales continua a ser brilhante e a equipa - que vai ter de prescindir de Ramsey, por amarelos - vai naturalmente motivada para discutir qual será o 'intruso' na final do torneio.
Qualquer que seja o resultado de quarta-feira, este é já o melhor momento de sempre da seleção galesa, que tinha até agora como melhor os quartos de final do Mundial de 1958, ainda nem sequer era nascido o selecionador Chris Coleman (tem 46 anos).
Não foi nada fácil a tarefa de Gareth Bale 'e companhia', que nos primeiros 20 minutos toiveram de suster um 'vendaval' ofensivo dos belgas, só bem sucedido por uma vez, com o golo de Nainggolan.
Eden Hazard assistiu Nainggolan para um remate fortíssimo e colocado, 'do meio da rua', a que Hennesey não conseguiu responder. Para Hazard foi a quarta assistência no torneio, um recorde.
Perto da meia hora percebia-se que Gales subia as suas linhas no terreno, para equilibrar mais a meio campo - uma postura que foi ajudada com o excelente golo de cabeça do capitão Ashley Williams (31), na sequência de canto.
O jogo estava relançado e, numa segunda parte repartida, os galeses foram mais afortunados, com mais dois grandes golos.
Primeiro, um trabalho de ponta de lança de Robson-Kanu, a ganhar posição para o 2-1, aos 55 minutos. Depois, o cabeceamento perfeito de Vokes, a desviar a bola do alcance de Courtois, após centro perfeito de Gunter, aos 86.
A Bélgica nunca deixou de lutar pelo resultado e certamente se poderá queixar da 'vista grossa' do árbitro esloveno Skomina, que poderia ter apitado para penálti aos 79 (derrube a Romelu Lukaku) e aos 83 (Nainggolan pisado na área).