A imprensa belga de hoje destaca o papel de Cristiano Ronaldo na qualificação portuguesa para a final do Europeu de futebol, sublinhando que a seleção derrubou o País de Gales, o “carrasco” da Bélgica nos quartos-de-final.
“Ronaldo leva Portugal à final e esfrega sal na ferida aberta belga”, escreve o jornal flamengo (em neerlandês) Het Laatse Nieuws, destacando que CR7 – “quem mais poderia ser?” -, com um golo e uma assistência no triunfo por 2-0, conduziu a seleção de Portugal à vitória sobre os “assassinos dos Diabos” Vermelhos, numa alusão à eliminação da Bélgica face à equipa galesa na ronda anterior (3-1).
Já o jornal francófono La Dernière Heure, que puxa para a primeira página uma foto do avançado português do Real Madrid sob o título “Portugal de Ronaldo na final”, comenta que “Ronaldo já tem uma mão na Bola de Ouro”, depois de ter igualado o recorde do francês Michel Platini, de nove tentos em fases finais de Campeonatos da Europa, e conduzido a equipa à final de Paris, com uma assistência para o segundo golo, de Nani.
“CR7 eclipsou Gareth Bale”, acrescenta o jornal, numa análise ao “duelo” entre as grandes estrelas de cada seleção na partida de quarta-feira em Lyon.
O Le Soir assinala que "Portugal marca presença na segunda final da sua história, enquanto o País de Gales pode carpir mágoas, como os “Diabos” anteriormente”, dando conta da sensação ainda presente de frustração na Bélgica face à eliminação dos "Diables Rouges" às mãos dos galeses na ronda anterior.
“O País de Gales, carrasco dos Diabos Vermelhos nos quartos de final, quebrou completamente em três minutos face a Portugal, primeiro finalista do Euro2016”, escreve o jornal L’Avenir, aludindo ao intervalo de tempo entre os dois golos da partida, aos 50 e 53 minutos.
Por fim, o jornal flamengo De Standaard aponta que, “pela primeira vez neste torneio, Portugal foi capaz de ganhar um jogo no tempo regulamentar”, qualificando-se para a final, onde, sustenta, Cristiano Ronaldo, de 31 anos, “terá provavelmente a sua última oportunidade de ganhar um grande torneio”, depois de, em 2004, quando era ainda “um astro a nascer”, ter perdido uma final, em casa, face à surpreendente Grécia.