Taça UEFA: Ranieri diz que prioridade é salvar o Parma da descida

''Estamos num momento raro e difícil. A coisa mais importante para nós é a Liga e domingo temos um jogo muito difícil em casa com a Sampdória em que não podemos cometer erros. Trata-se da nossa sobrevivência! No entanto, é lógico que estamos aqui para fazer o melhor'', vincou.

Cláudio Ranieri chegou apenas terça-feira ao Parma, penúltimo classificado do campeonato transalpino, um dos motivos pelos quais considera que os ''arsenalistas'' são claros favoritos ao triunfo.

''Treinei pela primeira vez terça-feira e hoje a segunda vez.

Tenho ainda de avaliar tudo. Neste momento, o Braga está bem, com força e ânimo, pois continua a lutar pela Taça de Portugal e está a atacar o terceiro lugar do campeonato. A força de uma equipa está na tranquilidade e também por isso eles são os favoritos'', justificou.

Face às limitações de tempo e instabilidade desportiva que o clube atravessa, Ranieri considera que só a ''atitude'' pode dar esperanças num resultado positivo.

''Vamos lutar até ao fim como quero que os meus jogadores façam sempre. Não me interessa se sofremos um golo, mas quero ânimo até ao fim. Não podemos falhar pela atitude. A equipa até joga bem, mas reage mal quando sofre um golo, fica com medo'', lamentou.

O técnico italiano garante que não está muito preocupado com o Sporting Braga - ''neste momento penso em conhecer os meus jogadores e não no Braga'' -, mas mesmo assim deu uma ideia do adversário: ''sei que tem atletas no ataque que podem provocar estragos e é bom para nós que o Madrid não possa jogar''.

Três vitórias e apenas uma derrota (frente ao Osasuna de Espanha, já com a qualificação garantida) na Taça UEFA revelam uma equipa antagónica à do campeonato, algo que o novo líder do Parma diz entender: ''na UEFA joga mais tranquilo e relaxado, mas isso foi até Outubro/Novembro, pois agora é penúltimo em Itália e isso afecta em termos de ansiedade''.

Cláudio Ranieri referiu-se ainda às graves dificuldades financeiras que têm marcado os últimos anos do clube, mas confia que com o novo dono a situação vai estabilizar.

''A história não marca a diferença, mas o dinheiro sim. Nestes últimos dois ou três anos o Parma teve muitos problemas e fez muitos sacrifícios. Agora há um novo proprietário que quer fazer as coisas bem'', congratulou-se.

LUSA