Taça UEFA: Sporting Braga vence Parma por 1-0

Na primeira mão dos 16/avos-de-final da competição, a única equipa portuguesa ainda presente em três ''frentes'' precisou de longos 81 minutos para violar a baliza de Bucci e sofreu, sobretudo na primeira parte, para viajar em vantagem, ainda que mínima e muitas vezes traiçoeira, para Itália.

Depois de ter atingido os ''oitavos'' em 1997/98 (foi, na altura, afastado pelos alemães do Schalke 04), o Sporting de Braga - mal na primeira parte, mas bem na segunda - volta o sonhar com uma presença nessa eliminatória (o adversário será o Tottenham do português Ricardo Rocha), repetindo também o feito de voltar a vencer no seu reduto, esta temporada, em jogos da UEFA.

Nos quatro jogos realizados para a UEFA, a equipa bracarense saiu sempre vitoriosa do seu ''palco'' e sempre sem sofrer golos e, na eliminatória de acesso à fase de grupos, já tinha conseguido afastar os também italianos do Chievo Verona.

Fiel às suas ideias, Rogério Gonçalves apostou de início no tradicional 4x3x3, com Paulo Santos, na baliza, uma defesa com Luís Filipe, Paulo Jorge, Nem e Carlos Fernandes, um meio-campo com Ricardo Chaves, Frechaut e Vandinho e um ataque composto por João Pinto, Cesinha e Zé Carlos.

Já o novo treinador do Parma, Cláudio Ranieri, deixou de fora o internacional português Fernando Couto (nem no banco) e optou por um 4x5x1 de contra-ataque, com o avançado bielorruso Kutuzov, ex- Sporting, isolado na frente.

No primeiro encontro da história entre as duas equipas, foi a formação italiana a tentar uma letal injecção de ''veneno'' logo aos seis minutos, quando Kutuzov, em excelente posição, rematou forte para a baliza do desamparado Paulo Santos, com a bola a ser interceptada por Pisanu, médio transalpino da equipa de Couto, penúltimo classificado no ''Calcio''.

O Sporting de Braga, muito receoso e a merecer uma assistência superior à registada (cerca de 6.000), respondeu timidamente aos 11 minutos, num remate por cima do central Paulo Jorge, mas o Parma continuou a dominar e a mostrar não serem precisos muitos avançados para se chegar com frequência à baliza contrária.

A defesa dos bracarenses pregava sustos atrás de sustos aos adeptos e, aos 21 e 34 minutos, Paci ia inaugurando o marcador, não fosse, primeiro, o desvio de cabeça sair ligeiramente ao lado e, depois, Paulo Santos responder com uma excelente defesa.

Rogério Gonçalves, naturalmente descontente, retirou o ''trinco'' Frechaut e chamou o jovem extremo Bruno Gama (38 minutos), mas nem isso tornou o Sporting de Braga mais ofensivo ou melhor defensivamente.

Ao intervalo, o Sporting de Braga ''mexeu'' de novo, com a entrada do central peruano Rodriguez, em detrimento de Nem, e, logo aos 46 minutos, Zé Carlos atirou ligeiramente ao lado.

Pouco depois (49 minutos), Cesinha obrigou Bucci a boa defesa e, aos 54, Zé Carlos ficou a exigir grande penalidade, num lance em que a equipa de arbitragem pareceu ter agido correctamente.

Wender foi chamado aos 76 minutos para render João Pinto, Claudio Ranieri colocou Bolano para segurar o nulo e, aos 78 minutos, Muslimovic podia ter desfeito a igualdade a favor do Parma, mas foi muito lento a desferir o remate, mesmo em cima da baliza.

E como o avançado do Parma foi ineficaz, Zé Carlos fechou da melhor forma uma noite triste de futebol, ao aproveitar um lançamento de Cesinha e a rematar forte e quase sem oposição para o fundo da baliza de Bucci.

LUSA