José Duarte Ferreira anunciou hoje a sua candidatura à presidência do Belenenses, num projecto em que pretende injectar sangue novo numa direcção cheia de ''velhos do Restelo''.
Este gestor comercial, de 51 anos, afirmou, em declarações à Agência Lusa, que a sua candidatura, que tem por lema ''Belenenses com futuro'', visa trazer melhores condições ao clube e que, se for caso disso, acabará com algumas modalidades, como é o caso do basquetebol.
''Não tem cabimento estarmos a gastar rios de dinheiro numa equipa cheia de americanos, que estão numa competição onde não se sobe nem se desce de divisão. Só ficarão algumas modalidades e outras que consigam ser auto-suficientes'', afirmou José Duarte Ferreira.
O candidato afirma que o Belenenses necessita urgentemente de uma gestão rigorosa, sob pena de cair na falência a continuar o actual rumo, alertando ainda que não se pode dar ao luxo de ter treinadores a ganhar cerca de 30 mil euros mês.
''O Belenenses deveria estar a ser gerido num sistema de duodécimos. Neste momento, todo o dinheiro que entra nos cofres do clube é gasto no imediato. Tem de haver uma gestão rigorosa e não podemos pagar ordenados milionários a jogadores e treinadores'', sublinhou, adiantando, como exemplo, que ''o ordenado de Jorge Jesus ronda os 30 mil euros por mês. O Belenenses não tem dinheiro para isso''.
Para José Duarte Ferreira, sócio do Belenenses há 45 anos, urge virar-se para outras fontes de rendimento, como é o caso do imobiliário, já que, com a abertura do Casino Lisboa, o Bingo está perder receitas.
Segundo o candidato, independentemente do vencedor das eleições, é necessária uma auditoria às contas do Belenenses dos últimos 10 anos, dado que ''têm sido geridas por elementos que sucedem das direcções anteriores''.
''Mesmo que eu não vença as eleições, vou apelar a todos os candidatos para que se faça uma auditoria às contas do Belenenses dos últimos 10 anos. Os últimos presidentes eleitos vêm das direcções anteriores e as formas de gestão não são claras'', concluiu José Duarte Ferreira.
LUSA