Centenas de militares das Forças Armadas, treinados para combater atos terroristas, desembarcaram hoje na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, para participara no esquema de segurança dos Jogos Olímpicos, que começam no próximo dia 05 de agosto.
O Brasil mobilizou um contingente de 22.800 membros das forças armadas, que atuarão na capital carioca durante os eventos esportivos realizados no país.
Segundo informações do governo, os militares receberam mais de 100 horas de treinos e realizaram simulações de combate, bem como para atuar em situações extremas como atos terroristas e ataques biológicos.
Os militares vão participar em ações de defesa, controlo de portos e aeroportos, e também nas ruas do Rio de Janeiro, fazendo um trabalho similar ao executado pelas polícias Civil e Militar.
O ministro da Defesa do Brasil, Raul Jungmann, afirmou hoje, numa entrevista à Rádio Nacional de Brasília que todos os procedimentos de segurança relacionados com a competição vão ser revistos.
"Vamos intensificar aquilo que já vinha sendo feito - ampliar os esquemas de controlo de barreira, de checagem, de uso de detectores de metais", disse.
Antes destas declarações o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, já havia afirmado que o Governo brasileiro vai "rever" as medidas de segurança para os Jogos Olímpicos 2016, na sequência do atentado de Nice.
Um camião atingiu na quinta-feira à noite uma multidão em Nice, França, na Promenade des Anglais, quando decorria um fogo de artifício para celebrar o dia de França.
O último balanço das autoridades francesas aponta para 84 mortos e 202 feridos.
Entre as vítimas mortais contam-se "dez crianças e adolescentes", afirmou François Mollins, procurador de Paris responsável pela secção antiterrorista do ministério público francês.
Das 202 pessoas que ficaram feridas, 52 estão entre a vida e a morte, precisou o magistrado.
Pelo menos um cidadão português ficou ferido no ataque, confirmou hoje o Governo português.
O condutor do camião foi abatido pela polícia.
As autoridades francesas já consideraram estar perante um atentado e o Presidente da França, François Hollande, anunciou o prolongamento por mais três meses do estado de emergência que vigora no país desde o ano passado. França decretou luto nacional de três dias.
A autoria do ataque ainda não foi reivindicada.