O presidente do Comité Olímpico Alemão (DOSB) pediu a exculsão dos atletas russos Jogos Olímpicos Rio2016 nas 20 modalidades mencionadas no ‘relatório McLaren’, que demonstrou a existência de um sistema de doping apoiado pelo governo desde 2011.
“Eu excluiria as 20 modalidades, aquelas em que foi possível demonstrar uma dopagem sistemática”, disse o presidente do DOSB, numa entrevista publicada hoje pelo jornal Bild.
O ‘relatório McLaren’, tornado público na segunda-feira demonstrou a existência de um sistema de dopagem sistemático organizado pelo Estado russo, com o apoio ativo dos serviços secretos, de 2011 a 2015, em 30 desportos, dos quais 20 são disciplinas inscritas nos Jogos Olímpicos de Verão.
De acordo com o presidente do DOSB, é mais complicado justificar a exclusão de modalidades que não tenham sido mencionadas no relatório pedido pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
O relatório, da autoria do professor de direito Richard McLaren, Vitali Mutko e o seu adjunto, Iouri Nagornykh, o Estado russo foi responsável por um esquema de doping organizado no desporto russo, desde 2011 e que abrange 30 modalidades. O relatório, pedido pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), diz que o Governo russo dirigiu um programa de dopagem com apoio estatal, com participação ativa do ministro do Desporto e dos serviços secretos.
McLaren refere que o programa “à prova de falhas” foi colocado em prática pelos responsáveis russos, inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014.
O COI adiou uma decisão sobre a presença da Rússia no Rio2016, mas na terça-feira vetou a presença do ministro do Desporto da Rússia, Vitali Mutko, nos Jogos Olímpicos deste ano. De acordo com o documento, Vitaly Mutko teve “participação ativa” nesse sistema, que teve a assistência dos serviços secretos nos laboratórios antidopagem de Moscovo e Sochi.