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Liga Campeões: FC Porto e Chelsea empatam 1-1

Um FC Porto altamente destemido, motivado e quase feliz consentiu hoje uma igualdade ao ''letal'' Chelsea de José Mourinho (1-1), na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões em futebol, no Porto.

Liga Campeões: FC Porto e Chelsea empatam 1-1

Com um golo madrugador de Raul Meireles, ao 12 minutos, o FC Porto partiu para uma boa exibição e nem o ''veneno'' do ucraniano Shevchenko, aos 16, retirou ambição à equipa portuguesa que tem agora, pela frente, uma espinhosa missão: empatar com mais de um golo ou vencer em Londres, a 06 de Março, para seguir para os ''quartos''.

Com lotação esgotada no Dragão e um ambiente frenético até ao apito final, o FC Porto exibiu-se a bom nível, apagou por largos momentos o brilho da constelação de Stamford Bridge e até se pode queixar de uma bola na barra (Quaresma, aos 39 minutos) e excelente defesa de Cech, pouco antes, a remate de Lisandro Lopez, apesar de Drogba também ter testado o ''ferro'', já nos instantes finais.

Depois de ter perdido 2-1 no Dragão, José Mourinho regressou à ''cidade de todas as glórias'' e, no duelo entre treinadores, manteve o saldo altamente positivo perante Jesualdo Ferreira: cinco vitórias e, agora, dois empates.

O FC Porto mantém, no entanto, a tradição de não perder frente a equipas inglesas no seu estádio, além de registar o excelente pecúlio defensivo (apenas dois golos sofridos, esta época e em casa, para a Champions).

O Chelsea, equipa prometedora e ''milionária'', bicampeã inglesa e ''vice'' na presente temporada atrás do Manchester United, mostrou argumentos tímidos e até José Mourinho deve ter ficado envergonhado com a exibição cautelosa, apesar de ter garantido boa vantagem para a decisão de Londres.

O treinador Jesualdo Ferreira tinha admitido ir manter a identidade do FC Porto e não podia ter sido mais fiel às suas palavras: Helton, na baliza, uma defesa com Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Fucile, meio-campo composto por Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho Gonzalez, e um ataque desenhado pelo ''tridente'' Lisandro Lopez, Quaresma e Postiga.

Já do lado do Chelsea, um 4-4-2 cauteloso e sem Paulo Ferreira, mas com uma defesa com Diarra, John Terry, Ricardo Carvalho e Wayne Bridge à frente do guarda-redes Cech, um meio-campo com Makelele, Essien, Frank Lampard e Ballack, com Drogba e Shevchenko na frente de ataque.

Apoiado por quase 50.000 espectadores (2.000 eram ingleses), o FC Porto surgiu destemido e marcou na primeira ocasião de perigo (com o Chelsea com apenas 10, por lesão de John Terry, substituído depois por Robben): jogada de Postiga na área, mau alívio defensivo e Raul Meireles rematou forte de fora da área, com a bola a bater no chão e a trair Cech, estreando-se, desta forma, a marcar na Europa.

Mourinho - que até era para colocar um defesa para colmatar a ausência de Terry (torceu o pé sozinho, aos seis minutos), acertou com a escolha corajosa que assumiu, já que, aos 16, o extremo Robben serviu de forma exemplar e muito rápida o ucraniano Shevchenko que, com um remate cruzado, impossibilitou Helton de segurar a vantagem, e fez o seu 45º golo na Champions.

O argentino Lisandro Lopez, aos 20 minutos, poderia ter apontado o seu quarto golo na Liga dos Campeões, não fosse uma excelente intervenção do Petr Cech e, aos 25, Lampard, de livre, cruzou para Drogba, mas o costa-marfinense cabeceou por cima da baliza.

O FC Porto - superior durante todo o primeiro tempo - demonstrava enorme ''desrespeito'' pela equipa inglesa e, aos 39 minutos, Quaresma exibiu quase na perfeição o ''perfume'' do seu futebol, com um remate espantoso à barra da baliza do desamparado guarda-redes checo.

O treinador português do Chelsea, José Mourinho, confrontado com mais uma lesão, de Robben, retirou o holandês ao intervalo e voltou a jogar em 4-4-2, com a entrada do nigeriano Obi Mikel, mostrando um futebol mais pragmático, até porque já tinha um golo que pode valer muito na eliminatória, Jesualdo Ferreira respondeu (tirou Raul Meireles e chamou Marek Cech, aos 56 minutos) e, pouco depois, preocupado com o rendimento da equipa e com o resultado, apostou tudo: saída do lateral Fucile e entrada do avançado Bruno Moraes (65).

Sem arriscar absolutamente nada, o Chelsea revelava enorme felicidade pela igualdade - e pelo golo apontado fora - e permitia que o FC Porto ''pensasse'' o jogo e chegasse com alguma facilidade à baliza adversária, como aos 65 minutos, num remate alto de Bosingwa.

Até então retraída, a equipa inglesa aproveitou a maior ousadia do FC Porto e cresceu nos últimos 15 minutos. Drogba, aos 78, rematou ao poste direito da baliza de Helton, momentos depois de Shevchenko já ter atirado por cima.

Já com Adriano no lugar de Postiga, o FC Porto afrouxou, mas, ainda assim, poderia ter desfeito a igualdade, aos 85 minutos, num remate torto de Lisandro Lopez.

LUSA

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