O treinador do Sevilha, Juande Ramos, abandonou na manhã de hoje a Clínica Sagrado Coração de Sevilha, para onde foi transportado quarta-feira, após ser agredido com uma garrafa no decorrer do jogo no reduto do vizinho Bétis.
Aos 57 minutos do encontro, e enquanto festejava o golo apontado por Frederic Kanouté, em encontro da segunda ''mão'' dos quartos-de-final da Taça do Rei de Espanha, Juande Ramos foi atingido por uma garrafa, sofrendo um traumatismo crânio-encefálico.
O técnico do Sevilha perdeu a consciência e foi transportado de imediato do Estádio Manuel Ruiz de Lopera para uma clínica privada.
Segundo o médico Adolfo Muñoz, Juande Ramos foi afectado na zona occipital direita, mas ''não sofreu qualquer problema ao nível neurológico'' e teve alta na manhã de hoje.
Na sequência da agressão ao técnico do Sevilha, o encontro foi suspenso pelo árbitro, numa altura em que a equipa em que alinha o português Duda vencia por 1-0 e estava bem lançada para chegar às meias-finais, depois do empate caseiro (0-0).
A federação espanhola de futebol deverá tomar hoje uma decisão em relação ao resultado jogo, sendo previsível que o Bétis venha a ser eliminado e a sofrer uma pesada penalização.
Os diários desportivos espanhóis dão hoje grande destaque ao incidente, especialmente a Marca, que titula ''E se tivessem matado Juande?'' e afirma que o futebol espanhol está a ''roçar a tragédia''.
Por seu lado, o AS fala de uma ''garrafada no futebol'', escrevendo na primeira página que ''Juande foi retirado inconsciente e o árbitro suspendeu o jogo aos 57 minutos'', por cima de uma fotografia de Juande Ramos deitado numa maca, antes de rumar ao hospital.
Os jornais desportivos da Catalunha colocam em manchete o triunfo do FC Barcelona em Saragoça (2-1), que valeu o acesso dos catalães às meias-finais, mas também não esquecem Juande Ramos.
Na primeira página, o El Mundo Deportivo fala de uma ''garrafada brutal a Juande'' e o Sport em ''selvajaria''.
LUSA