O presidente da FIFA, Gianni Infantino, revelou que vai receber um salário inferior a dois milhões de francos suíços por ano (cerca de 1,8 milhões de euros], bastante menos que o seu antecessor, Joseph Blatter.
Numa entrevista ao jornal suíço Blick, publicada hoje, Infantino disse que o seu salário “será menos que os dois milhões de francos suíços que muita gente anda a falar”.
Na mesma entrevista, o novo presidente da FIFA considerou “completamente arbitrários e insultuosos” os salários que se praticavam antes da sua chegada ao organismo.
Em Maio, três meses depois de Infantinno ter assumido a presidência da FIFA, ocorreu a primeira ‘cisão’ no organismo, com a demissão do presidente da Comissão de Auditoria, Domenico Scala, em protesto contra medidas que considerou ameaçarem a independência deste órgão.
Esta decisão foi tomada depois de Infantino ter transferido para o Comité Executivo a competência de nomear ou demitir os presidentes das comissões de Ética e de Auditoria, o que, para Scala, “priva esses organismos da sua independência” e também “destrói um dos principais motivos das reformas”.
Infantino referiu que o seu salário será fixado na próxima reunião da Comissão de Auditoria, já sem Domenico Scala.
Sobre as reuniões que ainda manteve com Scala, Infantino disse que tinha uma “expetativa de diálogo” e não esperava ser confrontado “com fatos consumados, como ocorreu com o senhor Scala, sem qualquer discussão”.