A Federação Inglesa de Futebol (FA) manifestou hoje o apoio ao holandês Michael van Praag na candidatura à presidência da UEFA, em eleições marcadas para 14 de setembro.
Presidente da Federação Holandesa de Futebol (KNVB) desde 2008, Van Praag, de 68 anos, é também vice-presidente da UEFA e irá concorrer nas eleições com Aleksander Ceferin, líder da federação eslovena.
O espanhol Angel Maria Villar era também um dos candidatos, mas retirou-se na terça-feira, deixando apenas dois responsáveis na ‘corrida’ à eleições, que decorrerão no Congresso Extraordinário da UEFA, em Atenas.
“A FA avaliou cuidadosamente todas as candidaturas. Face à desistência de Angel Maria Villar, e com todo o respeito que temos por Aleksander Ceferin, decidimos apoiar Michael van Praag”, escreveu David Gill, vice-presidente da FA e membro do Comité Executivo da UEFA, numa nota publicada no site oficial da federação inglesa.
Para David Gill, Van Praag é alguém com quem a FA “tem trabalhado muito nos últimos anos”.
“Partilhamos o compromisso de levar a cabo as reformas necessárias na FIFA”, esclarece o dirigente inglês, que acredita que Van Praag “vai oferecer ao futebol europeu a liderança forte e credível que [a UEFA] necessita”.
“Como presidente da UEFA, o senhor Van Praag será capaz de dotar o futebol europeu de uma liderança forte e credível, dois fatores que a UEFA necessita num momento de vital importância. Tem uma enorme reputação, que começou no Ajax e prosseguiu na federação holandesa”, elogiou David Gill.
Van Praag ou Ceferin substituirão Michel Platini, a cumprir uma suspensão de quatro anos de toda a atividade relacionada com o futebol.
Platini, presidente da UEFA desde 2007, apresentou a demissão do cargo a 09 de maio, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter decidido o seu afastamento por quatro anos de todas as a atividade ligadas ao futebol.
O antigo capitão da seleção francesa tinha sido inicialmente suspenso por oito anos na sequência da divulgação pública de um pagamento de cerca de dois milhões de francos suíços que recebeu do então presidente da FIFA, com base num contrato oral firmado com Joseph Blatter, configurando um conflito de interesses.