A imprensa eslovena refere hoje que a eleição do praticamente desconhecido Aleksander Ceferin para presidente da UEFA, sucedendo no cargo ao francês Michel Platini, devia servir de modelo para a União Europeia.
"O rei do futebol europeu" é a manchete do diário Dnevik, que apresenta em destaque uma fotografia do jurista esloveno, de 48 anos, que na quarta-feira foi eleito, por uma grande maioria, presidente da UEFA, sucedendo no cargo Platini.
O jornal Delo refere que “A União Europeia deve invejar a UEFA”, pois o organismo permitiu o advento de um desconhecido (Aleksander Ceferin) de um país pouco conhecido (Eslovénia) e quase insignificante na esfera do futebol, apenas pelo seu mérito pessoal.
Presidente da Federação de Futebol da Eslovénia desde 2011 e responsável por um dos gabinetes de avogados mais conhecidos do país, Ceferin conseguiu reunir à mesma mesa representantes do Kosovo e da Sérvia, da Rússia e da Geórgia, da Turquia e da Alemanha, para dar a conhecer as suas propostas, recorda o Delo.
“Nenhum dirigente político conseguiu até hoje apresentar um objetivo comum a estes países, como fez Aleksander Ceferin”, sublinha o jornal, considerando que o novo presidente da UEFA enviou uma “mensagem histórica” à comunidade internacional e, particularmente, à União Europeia.
Quarta-feira, o primeiro-ministro esloveno Miro Cerar saudou o “grande dia para a Eslovénia e para a UEFA”, porque Aleksander Ceferin vai devolver ao futebol as suas raízes, através da sua mensagem de cooperação, amizade e ‘fair play’.
Desconhecido até há praticamente pouco tempo, Ceferin, que reuniu o apoio de, entre outras, as federações de Portugal, França e Alemanha, foi eleito quarta-feira, em Atenas, presidente da UEFA, com 42 votos. O holandês Michael van Praag contabilizou apenas 13.