O governo mexicano expressou na terça-feira repúdio pelo sequestro e assassinato de uma sobrinha do presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel María Villar, raptada e assassinada há uma semana no México.
Segundo revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García Margallo, em declarações à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, o corpo da sobrinha de Angel María Villar foi encontrado na localidade de Toluca, cerca de 60 quilómetros a sudoeste da Cidade do México.
Em reação a este homicídio, o governo mexicano expressou solidariedade com os familiares da vítima e garantiu trabalhar com as autoridades locais para esclarecer este crime.
“Além de expressar a condenação deste ato e sua solidariedade com os familiares da vítima, o governo garante que as autoridades federais e judiciais trabalham em conjunto para apurar a verdade dos factos e capturar os responsáveis”, referiu o governo mexicano, em comunicado.
A procuradoria-geral da república mexicana informou, também em comunicado, que já se encontra a investigar o caso, entregue ao departamento especializado em investigação a delinquência organizada (Seido).
Na mesma nota enviada à imprensa, a procuradoria esclarece que a sobrinha de Villar foi vista pela última vez a 13 de setembro, a oeste da Cidade do México.
“No dia seguinte, a sua família foi contactada a exigir o pagamento de um resgate para a libertação da vítima”, pode ler-se no comunicado.
A informação da procuradoria acrescenta que, nesse mesmo dia, a família efetuou o pagamento e procurou a polícia federal que, por sua vez, notificou a Seido.
A 15 de setembro foi encontrado um corpo de uma mulher, sem vida, na localidade de Santiago Tianguistenco, perto de Toluca, que foi posteriormente identificada como a sobrinha de Villar.
Villar preside à Federação Espanhola de Futebol desde 1988, tendo também assento no comité executivo da FIFA desde 1998.