Uma má abordagem de Luís Aurélio abriu hoje caminho para a goleada do Benfica sobre o Feirense, por 4-0, em jogo da sétima jornada, que permitiu aos ‘encarnados’ consolidarem a liderança da I Liga portuguesa de futebol.
O golo do extremo na própria baliza (35 minutos) teve o condão de facilitar a tarefa dos tricampeões nacionais, que, depois de algumas dificuldades na primeira parte, acabaram por partir para um resultado volumoso, cimentado com tentos de Salvio (61), Cervi (70) e Grimaldo (90+4).
Desta forma, as ‘águias’ aproveitaram da melhor forma o ‘deslize’ do Sporting em Guimarães (3-3), estando agora com três pontos à maior sobre os ‘leões’ e o FC Porto, antes do interregno do campeonato para jogos das seleções e da Taça de Portugal.
Na sequência da derrota em Nápoles (4-2), para a Liga dos Campeões, o Benfica regressou às lides da I Liga com quatro alterações no ‘onze’ inicial, sendo a maior novidade a titularidade de Luisão, que não jogava desde a primeira jornada, na visita a Tondela.
Além do ‘capitão’, também Ederson, Salvio e Gonçalo Guedes, todos suplentes frente aos italianos, mereceram a confiança de Rui Vitória, que relegou Júlio César, Lisandro López e André Almeida para o banco de suplentes e desviou Pizzi para o lugar do lesionado André Horta.
A má jornada europeia parece ter deixado alguns resquícios nos tricampeões nacionais, que logo aos dois minutos quase eram surpreendidos pelo Feirense, não fosse a má pontaria de Cris, a desperdiçar uma ocasião soberana para os visitantes.
Pouco depois, as ‘águias’ também estiveram perto de inaugurar o marcador, mas Ícaro, primeiro, e Vítor Bruno, depois, evitaram que Mitroglou e Pizzi conseguissem bater Peçanha, que, mais tarde, teve de se aplicar para defender um cabeceamento de Salvio, após um cruzamento milimétrico de Grimaldo.
De resto, o extremo argentino voltaria a dispor de nova oportunidade flagrante, à passagem da meia hora, mas atirou ao lado, numa altura em que o Benfica praticamente já não criava desequilíbrios na zona intermédia, facilitando a tarefa do conjunto de Santa Maria da Feira.
Apesar das dificuldades manifestadas, o domínio benfiquista acabou por ser capitalizado da forma menos expetável, quando, num lançamento de linha lateral, Salvio colocou a bola na área e Luís Aurélio apontou para a baliza errada, inaugurando o marcador.
O intervalo foi bom ‘conselheiro para o Benfica, que surgiu com uma dinâmica ofensiva diferente no segundo tempo, sobretudo pela maior ligação entre setores, com Salvio, Gonçalo Guedes e Pizzi a fazerem o que não tinham feito na primeira metade, ou seja, a aparecerem muitas vezes por dentro, no espaço entre a linhas defensiva e média do Feirense.
Após se ter estreado a marcar esta época, em Nápoles, Salvio foi dos que mais procurou o golo diante do Feirense e, já depois de ter rematado às malhas laterais, dilatou a vantagem da formação da Luz, beneficiando de alguma sorte, mas tendo igualmente o mérito de ter pressionado Ícaro, no momento em que o central dos visitantes tentava ‘aliviar’ a bola dentro da área.
Perante um Feirense muito ‘curto’, que apenas tinha chegado à baliza benfiquista nos instantes iniciais, o Benfica ganhou aqui uma vantagem que o ‘empurrou’ para uma fase final de maior fulgor, cimentada, logo de seguida, com um golo do recém-entrado Cervi, que, apesar da baixa estatura, subiu mais alto do que os oponentes e cabeceou para o terceiro.
Por seu lado, os forasteiros apenas voltaram a ameaçar Ederson a quatro minutos do final, mas o guardião opôs-se com precisão ao remate de Karamanos, antes de Grimaldo obrigar Peçanha a ‘brilhar’.
Contudo, no derradeiro lance do encontro, o experiente guarda-redes brasileiro viria a perder o segundo duelo com o lateral esquerdo espanhol, que marcou de forma exemplar um livre direto e fechou as contas da goleada dos ‘encarnados’.
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