O presidente da FIFA, Gianni Infantino, prometeu hoje que o processo de candidatura à organização do Mundial2026 estará livre da controvérsia que existiu com as escolhas de Rússia (2018) e Qatar (2022).
Infantino respondeu às queixas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que acusou os processos de escolha nos Jogos Olímpicos e nos Mundiais de futebol de corrupção.
“Não posso falar do passado, o que posso prometer é que estamos a encarar de forma muito séria o processo de 2026 [do Mundial], de modo a que asseguremos que é transparente e irrepreensível”, justificou Infantino em entrevista à AFP.
O responsável máximo da FIFA acrescentou que para 2026 quer garantir que “o relatório técnico signifique algo de concreto e que não é apenas um voto político”.
“É o nosso trabalho fazer isso, assegurar que o processo será aberto e transparente, que os que assumam a responsabilidade disso assegurem que as decisões tomadas a partir de agora ou desde 26 de fevereiro não são falseadas”, disse.
Obama referiu em relação ao facto de Chicago ter perdido a organização dos Jogos Olímpicos de 2016 (para o Rio de Janeiro) que aprendeu que no Comité Olímpico as decisões são similares às da FIFA, “um pouco cozinhadas”.
Infantino, que foi o braço direito na UEFA de Michel Platini, suspenso da atividade ligada ao futebol, e que sucede na FIFA a Joseph Blatter, também suspenso, referiu ainda que foi eleito com um programa de reformas e que o organismo “precisa de mais futebol e menos política”.