loading

FC Porto SAD com prejuízo consolidado recorde de 58,411ME na época 2015/16

A SAD do FC Porto encerrou 2015/2016 com um prejuízo consolidado recorde de 58,411 milhões de euros, atribuindo a inversão face ao lucro de 19,352 milhões do exercício anterior à diminuição das mais-valias com a venda de jogadores.

FC Porto SAD com prejuízo consolidado recorde de 58,411ME na época 2015/16
Futebol 365

Em conferência de imprensa no Porto, o administrador da SAD (Sociedade Anónima Desportiva) portista Fernando Gomes admitiu que “não são bons resultados”, mas assegurou que traduzem “uma política assumidamente definida pela administração”.

“Estes maus resultados não acontecem por acaso, mas porque a equipa técnica do futebol e a administração se puseram de acordo que este ano seria assim”, afirmou.

Explicando que, “tradicionalmente, o FC Porto tem saldo negativo nas suas receitas e custos ordinários”, compensando-o com “a receita extraordinária das mais-valias de venda de jogadores” - que na época passada atingiu o valor líquido recorde de 82,5 milhões de euros –, Fernando Gomes disse ter sido decidido pela administração da SAD que “este ano não se justificava prosseguir de uma forma imponderada essa política”, pelo que as mais-valias com passes se quedaram pelos 38,658 milhões de euros.

Assim, disse, apesar das “ofertas de clubes estrangeiros” (no valor total de 95 milhões de euros) para venda de Danilo, André Silva e Herrera, num cenário em que o FC Porto “não tinha conseguido o acesso à Liga dos Campeões e era preciso garantir condições de competitividade”, foi decidido que estas vendas seriam "um grande golpe, nomeadamente na luta pelo acesso às competições europeias”, pelo que o clube abdicou da obtenção destas mais-valias “para manter a espinha dorsal da equipa”.

“Se tivéssemos vendido esses atletas, hoje estaríamos aqui a apresentar resultado positivos”, sustentou Fernando Gomes.

Além da diminuição das mais-valias com a venda de jogadores, também os piores resultados desportivos penalizaram as contas da SAD portista na época 2015/2016, com os proveitos operacionais, excluindo os proveitos com passes, a recuarem 17,778 milhões, para 75,811 milhões de euros, “fundamentalmente devido à quebra das receitas de participação nas provas europeias” (que passaram de 36,17 para 11,603 milhões de euros).

Já os custos operacionais, excluindo os custos com passes de jogadores, aumentaram 13% (em 14,091 milhões de euros), devido ao aumento dos custos com os fornecimentos e serviços externos (sobretudo por via da consolidação nas contas dos custos com o Porto Canal), “mas também pelo pagamento de indemnizações às equipas técnicas lideradas por Julen Lopetegui e José Peseiro".

Quanto às amortizações e perdas por imparidades com passes de jogadores e aos resultados com transações de passes, tiveram um saldo líquido de 7,102 milhões de euros, menos 44,025 milhões de euros do que no período homólogo.

Ainda assim, o capital próprio consolidado da SAD mantinha-se a 30 de junho positivo em 25,864 milhões de euros, inferior em 57,24 milhões de euros devido à incorporação do prejuízo da época passada.

O ativo cresceu 15,81 milhões de euros, para 375,045 milhões, “devido ao aumento do valor contabilístico do plantel", que atingiu os 90,625 milhões de euros no final do exercício, e o passivo total agravou-se em 73,049 milhões de euros, para 349,181 milhões, sobretudo devido aos efeitos da consolidação do Porto Canal nas contas da SAD.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Quem reforçou-se melhor no mercado?